ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA
PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
SEXTA LEGISLATURA, EM 26-11-2014.
Aos vinte e seis dias do
mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio
Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze
horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos
vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Cassio
Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João
Derly, Jussara Cony, Paulinho Motorista, Professor Garcia, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Alceu Brasinha, Any Ortiz, Dr. Thiago, Engº Comassetto, João Bosco
Vaz, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Pedro Ruas, Séfora Mota, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 212/14 (Processo nº 2251/14), de autoria do vereador Cláudio
Conceição. Também, foi apregoado o Ofício nº 1072/14, do Prefeito, encaminhando
o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/14 (Processo nº 2728/14).
Ainda, foi apregoado o Ofício nº 1067/14, do Prefeito, comunicando sua ausência
do Município das sete horas e dez minutos às vinte e uma horas e dezesseis minutos
do dia vinte e sete de novembro do corrente, em visita à Prefeitura do
Município de Águas de São Pedro – SP. Em continuidade, foi apregoado o
Memorando nº 052/14, de autoria do vereador Professor Garcia, informando, nos
termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, nos dias
quatro e cinco de dezembro do corrente, da 34ª Reunião Ordinária do Fórum
Permanente Mercosul para o Trabalho e Saúde e da Reunião da Diretoria Ampliada
do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF –, em Brasília – DF. Do
EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde, emitidos em dezessete de novembro do corrente. Em prosseguimento, foi
aprovado Requerimento de autoria do vereador Kevin Krieger, solicitando Licença
para Tratar de Interesses Particulares do dia de hoje ao dia quatro de dezembro
do corrente, tendo o Presidente declarado empossado na vereança o suplente
Mario Fraga, informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de Educação,
Cultura, Esportes e Juventude – CECE. Após, foram apregoadas as Emendas nos
03 e 04, de autoria do vereador Alberto Kopittke, Vice-Líder da Bancada do PT,
ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/13 (Processo nº 1192/13) e
foi aprovado Requerimento de sua autoria solicitando que essas Emendas fossem
dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engº Comassetto, Clàudio Janta, Paulinho
Motorista, Idenir Cecchim, Delegado Cleiton, Bernardino Vendruscolo, Reginaldo
Pujol e Sofia Cavedon. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 1074/14, do
Prefeito, comunicando que o vereador Airto Ferronato exercerá o cargo de Líder
do Governo a partir do dia de hoje, e os vereadores Reginaldo Pujol e Mario
Fraga exercerão a Vice-Liderança. Às quinze horas e quinze minutos, constatada
a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos
172/13 e 114/14 (Processos nos 1709/13 e 1164/14, respectivamente).
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 004/14
(Processo nº 0373/14). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os
Projetos de Lei do Legislativo nos 164, 121 e 210/14 (Processos nos
1777/14, 1232/14 e 2205/14, respectivamente). A seguir, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador Waldir Canal, solicitando alteração
na ordem de priorização da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão
Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/13
(Processo nº 1192/13), o qual, após ser discutido pelos vereadores Alberto
Kopittke, Clàudio Janta, Reginaldo Pujol, Nereu D'Avila, Valter Nagelstein,
Cassio Trogildo, Sofia Cavedon, Idenir Cecchim e Bernardino Vendruscolo, teve
sua discussão suspensa por duas sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria
do vereador Alberto Kopittke. Durante a apreciação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 024/13, os vereadores Fernanda Melchionna e
Mario Fraga cederam seus tempos de discussão aos vereadores Alberto Kopittke e
Cassio Trogildo. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 05, de autoria do
vereador Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 024/14, e foi aprovado Requerimento de sua
autoria, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Posteriormente, foi aprovado Requerimento de sua
autoria, solicitando a retirada da Emenda nº 05. Ainda, foi apregoada a Emenda
nº 06, de autoria do vereador Cassio Trogildo, Líder da Bancada do PTB, ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 024/14, e foi aprovado Requerimento de sua autoria, solicitando
que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões
Permanentes. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria da vereadora
Jussara Cony, Líder da Bancada do PCdoB, ao
Projeto de Lei do Executivo nº 010/14, e foi aprovado Requerimento de sua
autoria, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei do Executivo nº 010/14 (Processo nº 0654/14), após ser discutido
pelos vereadores Jussara Cony, Sofia Cavedon, Airto Ferronato, Idenir Cecchim,
Cassio Trogildo e Reginaldo Pujol e encaminhado à votação pelo vereador Engº
Comassetto. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria da vereadora
Jussara Cony, Líder da Bancada do PCdoB, ao
Projeto de Lei do Executivo nº 011/14, e foi aprovado Requerimento de sua
autoria, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Também, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria
da vereadora Jussara Cony, Líder da Bancada do PCdoB, ao Projeto de Lei do Executivo nº 012/14, e foi aprovado Requerimento
de sua autoria, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 010/14. Foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 010/14. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de
Lei do Executivo nº 011/14 (Processo nº 0655/14). Foi aprovada a Emenda nº 01
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 011/14. Foi aprovado o Projeto de Lei
do Executivo nº 011/14. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto
de Lei do Executivo nº 012/14 (Processo nº 0656/14). Foi aprovada a Emenda nº
01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 012/14. Foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo nº 012/14. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 100/14
(Processo nº 2630/14), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Fernanda
Melchionna, Sofia Cavedon, Idenir Cecchim, Nereu D'Avila, Engº Comassetto,
Valter Nagelstein, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol. Após, foi aprovado
Requerimento de autoria do vereador Waldir Canal, solicitando o adiamento, por
uma sessão, da votação do Requerimento nº 093/14 (Processo nº 2409/14). Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
373/13 (Processo nº 3361/13), após ser discutido pelo vereador Guilherme Socias
Villela. Em seguida, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador
Mario Fraga, solicitando alteração na ordem de priorização da matéria constante
na Ordem do Dia. Após, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos
pelo Presidente, solicitando votação em destaque para Emendas e Subemendas
apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14 (Processo nº 2397/14): de
autoria da vereadora Jussara Cony, para as Emendas nos 80 e 91; de
autoria da vereadora Fernanda Melchionna, para as Emendas nos 01,
02, 03, 04, 05, 06, 07, 10, 16 e 114 e Subemendas nº 01 às Emendas nos
03, 04, 05, 06 e 10; de autoria
do vereador Dr. Thiago, para as Emendas nos 103, 104 e 105 e
Subemenda nº 01 à Emendas nº 104; de
autoria da vereadora Sofia Cavedon, para as Emendas nos 09, 10 e 52
e Subemenda nº 01 à Emenda nº 10; de
autoria do vereador Clàudio Janta, para a Emenda nº 08; de autoria do vereador
Engº Comassetto, para a Emenda nº 48; de autoria da vereadora Lourdes Sprenger,
para as Emendas nos 20, 21, 39, 40 e 41; de autoria do vereador
Delegado Cleiton, para as Emendas nos 30, 32, 33 e 64. Em Discussão
Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 036/14 (Processo nº
2397/14), o qual, após de ser discutido pelo vereador Idenir Cecchim, teve sua
discussão suspensa, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na ocasião,
foi apregoado o Memorando nº 044/14, de autoria do vereador Paulo Brum,
informando que não participaria da presente sessão por estar em audiência, na
tarde de hoje, na 2ª Vara do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de
Porto Alegre. Às
dezoito horas e três minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo,
em verificação solicitada pelo vereador Mario Fraga, o Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do
Executivo nos 008 e 010/14, discutidos pelos vereadores Reginaldo
Pujol e Mario Fraga, e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 030/14;
em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/14, o Projeto
de Lei do Executivo nº 037/14, discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 176, 213, 235, 236/14, este
discutido pelo vereador Mario Fraga, e 246/14. Durante a Sessão, os vereadores Valter Nagelstein, Pedro
Ruas, Delegado Cleiton e Lourdes Sprenger manifestaram-se acerca de assuntos
diversos. Também, foi registrada a
presença, neste Plenário, de Celso Rangel, vereador do Município de Viamão –
RS. Às dezoito horas e
quatorze minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Professor Garcia e Mauro Pinheiro e secretariados
pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que,
após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Kevin Krieger solicita Licença
para Tratar de Interesses Particulares no período de 26 de novembro a 4 de
dezembro. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de
Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Mario
Fraga, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Educação, Cultura,
Esportes e Juventude.
Apregoo a Emenda nº 03, de autoria do Ver.
Alberto Kopittke, ao PLCL nº 024/13.
Apregoo a Emenda nº 04, de autoria do Ver.
Alberto Kopittke, ao PLCL nº 024/13.
Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Alberto
Kopittke que solicita dispensa do envio das Emendas nº 03 e nº 04 ao PLCL nº
024/13 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia; prezados Vereadores e Vereadoras; prezadas
senhoras e senhores, lideranças presentes que acompanham o debate aqui da
Câmara, principalmente hoje, quando entraremos na discussão do Orçamento da
Cidade.
Eu venho aqui, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, em meu nome e dos Vers. Sofia, Mauro Pinheiro, Alberto Kopittke
e Marcelo Sgarbossa, para tratar do tema do transporte público na cidade de
Porto Alegre. Os debates que temos travado aqui nesta Casa e as sugestões e
proposições que temos feito a este plenário e ao Prefeito Municipal estão,
neste momento, não só em evidência como atualizadíssimas, isso porque, desde o
ano passado, há um projeto de lei, de nossa autoria, que tramita na Casa e que
diz que o primeiro problema do sistema de transporte público na cidade de Porto
Alegre, que se constatou novamente com o processo da licitação, que não houve,
é que foi constituído um poder para as empresas, que não é o poder da qualidade
do transporte público.
No momento em que, lá em 2008, o Prefeito Fogaça
passou, por decreto, a gestão do caixa do transporte de Porto Alegre para a
ATP, transformou-a de uma associação dos transportadores em um banco, e o
grande empenho que têm os transportadores, neste momento, é fazer com que esse
banco dê lucro.
O edital que foi apresentado na primeira e na
segunda versão não cumpria a Lei Federal nº 12.587, que determina que o gestor
financeiro do sistema de transporte público tem que ser o Poder Público
municipal. Este é o primeiro ponto, Ver. Bernardino.
O segundo ponto, nesta discussão, trata da
questão da qualidade do transporte, e tem que ter no edital o controle da
qualidade do transporte público da cidade de Porto Alegre. Agora, o Prefeito
Municipal vem a público para reafirmar e afirmar essas posições que já
apresentamos à Cidade há mais de um ano. Diz que a Prefeitura Municipal será a
coordenadora da gestão financeira do sistema de transporte público, medida esta
que está correta, pois este é o papel do Poder Público, fazer a gestão do
sistema; é papel das empresas realizar um bom serviço, que tem que estar
especificado; tem que ter o calendário dos horários, tem que ter a qualidade
dos ônibus. E aí, prezado Paulinho, não é só daqui a cinco anos que os ônibus
têm que ter o ar-condicionado, que têm que ter banco estofado, que têm que ter
sistema de comunicação com wireless -
isso é qualidade de transporte. Portanto, a nossa Bancada está trazendo para os
colegas Vereadores e Vereadoras este debate e apresentar, para ser votado, o
projeto de lei que institui o Sistema Municipal de Gestão Pública do Transporte
Público, e também cria o Fundo Municipal do Transporte Público, cria o Conselho
para fazer a fiscalização que o Prefeito também já anunciou que terá, os
Conselhos de Usuário. E, por último, o nosso projeto diz que a Carris deve
ampliar a sua participação numa expansão gradativa. O Prefeito veio a público e
assumiu essa posição também, que aquelas linhas que serão desertas a Carris irá
assumir, mas, no nosso entendimento, está equivocada essa leitura, porque as
linhas desertas são aquelas mais difíceis, aquelas linhas menos rentáveis, e a
Carris tem que competir em toda a Cidade e assumir o papel. Comunidade que está
aqui, hoje, lá do Extremo-Sul, nós temos que colocar as linhas de ônibus
transversais, como a T12, T13, T14...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. ENGº
COMASSETTO: ...Muito
obrigado, Sr. Presidente. Para concluir o meu raciocínio, então, eu quero dizer
que a Carris pode e deve, sim, assumir gradativamente o transporte público de
Porto Alegre, porque a Carris já foi uma das empresas mais premiadas do Brasil
e, hoje, ela trabalha no vermelho. Então, esta Casa precisa se debruçar e
pedir, de imediato, uma fiscalização do Tribunal de Contas do Estado sobre o
funcionamento e a gestão da Carris.
Então, eu quero concluir esta fala, Sr.
Presidente, para dizer que nós estaremos, na próxima semana, trazendo novamente
o projeto que apresentamos em 2013, o projeto que cria a Gestão do Sistema de
Transporte Público na cidade de Porto Alegre, e que neste momento, Ver.ª
Jussara, vem ao encontro do que o Prefeito Fortunati está dizendo: se nós temos
que atrair, se há um monopólio, se há um bloco fechado, nós temos que abrir
esse bloco. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, membros desta Casa, público que
nos assiste pela TVCâmara e nas galerias, eu acho que este assunto sobre o transporte coletivo está pulsando na cidade de Porto
Alegre. Este assunto trouxe à tona a realidade do nosso transporte e mostrou o quanto a nossa Cidade é vulnerável, o
quanto a nossa Cidade está refém de um grupo, de uma máfia – pode-se dizer – que
detém o transporte coletivo, não só na questão
dos ônibus, mas num todo, principalmente no caso dos lotações, já que são três
empresas com rótulo de consórcio, sendo que, na verdade, são três famílias – um
grupo – que detêm esse transporte e que zombaram
do Poder Público, do Poder Judiciário e da população de Porto Alegre, quando
disseram que ninguém participaria do primeiro e do segundo editais. Aí, nós
vimos uma atitude honrada do nosso Prefeito, e nós já subimos a esta tribuna,
naquele dia, para nos colocar à disposição, junto com o Prefeito, para dizer
que estamos solidários a ele e que estaremos nas praças e ruas desta Cidade,
nas portas das garagens defendendo a proposta do Prefeito.
Se o consórcio não serve mais para a população
de Porto Alegre, que a Cidade faça uma Parceria Público-Privada, que a Cidade
volte a ter um transporte digno, por linhas, e
que a Cidade volte a fazer uma parceria com as pequenas empresas.
Em qualquer setor, comprova-se que as pequenas
empresas são os maiores empregadores, e isso se comprova em qualquer setor: as
pequenas empresas são as mais leais com os seus fornecedores, com seu
público-alvo e principalmente com seus usuários. Nós queremos que o transporte
público de Porto Alegre seja digno para os seus usuários, não só com
ar-condicionado, mas que atenda às suas necessidades, e que não haja, cada vez
mais, ônibus com as suas as linhas estendidas, como o Passo das Pedras, que
terminava no Passo das Pedras e hoje termina na Chácara da Fumaça; o Jardim Itu
Sabará terminava no Jardim Itu Sabará; hoje, termina na Av. Manoel Elias, e
assim por diante. E, dessa forma, as linhas foram acontecendo em Porto Alegre,
como na São José, na Lomba do Pinheiro, na Agronomia. Em vários bairros as
linhas foram sendo estendidas, alongadas, e as pessoas levam mais de uma hora
para chegar ao seu trabalho ou às suas casas.
Que nós tenhamos uma parceria com as pequenas
empresas que existem em Porto Alegre e que tenhamos uma parceria sob o
guarda-chuva da Carris. Várias pessoas falam da Carris, mas nós temos, como
exemplo, a Procempa, que se destaca em várias tecnologias, e temos certeza de
que, se a Carris for bem administrada e tiver bons gestores, poderá ser o
guarda-chuva dessa Parceria Público-Privada, que trará dignidade para a
população de Porto Alegre, assim como os lotações. Não podemos mais ver
concessão individual se transformando em concessão de empresa. Por que não foi
feito com os lotações o que foi feito com a Restinga, com o Extremo-Sul? Por
que vamos concentrar nas mãos de quatro ou cinco empresas todas as linhas de
lotação de Porto Alegre?
Acho que é o momento de discutirmos um
transporte digno para os usuários. Quando a Prefeitura toma a decisão de fazer
uma nova licitação, dividindo as linhas...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...quando
a Prefeitura toma essa decisão de dividir as linhas, de voltar a ter um sistema
que funcionou por décadas em Porto Alegre e que trazia dignidade para as
pessoas, a Prefeitura acerta, e nós estaremos junto com o Prefeito, apoiando
essa decisão, estaremos nas ruas, praças e garagens de Porto Alegre, apoiando
essa decisão que preserva o transporte de Porto Alegre, que traga dignidade às
pessoas em Porto Alegre. Nós estaremos junto com o Sr. Prefeito, junto com os
rodoviários e com a população de Porto Alegre. Com força, fé e solidariedade,
nós teremos, ainda, nesta Cidade, um transporte digno. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA:
Boa tarde, Presidente Mauro; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; demais pessoas
que nos assistem nas galerias e em casa. Falando do transporte coletivo de
Porto Alegre, como os Vereadores falaram aqui, a licitação que todo mundo
esperava não saiu, novamente. E, com certeza, com a decisão que o Prefeito
Fortunati tomou após essa licitação deserta, vamos ver se daqui a seis meses,
no máximo, haverá novo edital, e a gente consegue ajeitar um pouco esse
transporte.
O Ver. Janta estava falando que o transporte
está cada vez mais caótico, mais difícil de as pessoas utilizarem,
principalmente os passageiros do nosso Extremo-Sul de Porto Alegre, como Lami,
Belém Novo, Restinga, Ponta Grossa, Moradas da Hípica. Os ônibus estão lotados,
atrasados, sempre; as pessoas têm que fazer uma baldeação, e, às vezes, demora
de 30 a 40 minutos para pegar o próximo ônibus, que chega a levar do Centro até
o Lami 2 horas e pouco de viagem.
Duas semanas atrás, foi aprovado o meu projeto de lei sobre o ar-condicionado, que foi falado aqui. Com certeza, as pessoas precisam de um transporte de qualidade, é o mínimo de dignidade que as pessoas devem ter, pois pagam as suas passagens e têm que andar em ônibus lotado e sem ar-condicionado. Alguns passageiros até moram perto do Centro, usam os ônibus por 10 ou 15 minutos; até, de repente, não faz muita diferença, mas o camarada que mora lá no Lami, Belém Novo, Canta Galo, Ponta Grossa, Moradas da Hípica, Restinga, que são bairros longe do Centro, esse, sim, sofre cada vez mais. Por isso, coloquei esse projeto do ar-condicionado, e creio que seja sancionado pelo Prefeito. Com certeza, nós, eleitos pelo povo de Porto Alegre, temos que trabalhar sempre por melhorias. Vamos brigar sempre por melhorias, vamos fiscalizar esses horários, os horários atrasados. Muita gente liga reclamando de meia hora ou 20 minutos de atraso, às vezes, há o atraso em uma parada, ou no fim da linha de um ônibus, ou num terminal de um ônibus: isso não pode acontecer.
O nosso trabalho aqui – eu falo em nome dos
outros 35 Vereadores que estão aqui, independentemente de Partido – é pelo
povo, nós vimos aqui para lutar pelo povo.
Também quero agradecer a presença do pessoal do
Extremo-Sul aqui, os nossos amigos estão aqui presentes.
Creio que, após essa licitação, vai melhorar a
situação dos nossos passageiros de Porto Alegre, porque, se tiver um transporte
de qualidade, as pessoas até vão deixar seus carros em casa e vão utilizar mais
o ônibus, mas, se continuarem os ônibus atrasados, superlotados, sem
ar-condicionado – sobre o qual eu fiz o projeto –, as pessoas cada vez mais
utilizarão os seus carros, quem tiver condições. Quem não tiver, a gente nem
fala, é obrigado a utilizar o ônibus. Utilizando o veículo particular, o
trânsito ficará mais caótico do que está hoje, com cada vez mais carros na rua,
trânsito acumulado, os ônibus demorando mais a chegar ao seu destino. Quem
sofre com isso é a nossa população de Porto Alegre. E nós, aqui, temos que ser
transparentes, trabalhar e olhar para trás, de onde viemos, e olhar para longe
daqui, falando do Extremo-Sul, onde tem áreas muito esquecidas. Devemos sempre,
além de olhar, trabalhar, Ver. Tarciso, a fim de que eles sejam lembrados, e
para que a população não se arrependa de ter nos colocado aqui como seus
representantes na Câmara Municipal de Porto Alegre. Um abraço a todos e fé em
Deus!
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Alceu Brasinha: Sr. Presidente,
eu gostaria de comunicar que o Ver. Celso Rangel, de Viamão, se encontra neste
plenário.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Seja sempre bem-vindo a esta Casa, Vereador.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que nós estamos num dia
importante aqui na Câmara, porque vejo que todos os colegas estão pedindo
assinatura para destaque de suas emendas – e eu respeito muito isso –, mas
quero dizer que eu e o Ver. Ferronato – eu, como Presidente da CEFOR, e ele,
como Relator – não estamos assinando nenhum destaque das emendas para não ficar
parecendo, primeiro, que se é favorável a uma coisa e, segundo, para não se
contradizer com outras.
Eu estava escutando o debate com muita atenção,
Ver. Janta, sobre o transporte coletivo de Porto Alegre e gostei muito como V.
Exa. se coloca: V. Exa. não fica em cima do muro – e eu acho que isso é
importante –, V. Exa. se coloca a favor do Prefeito. Mas eu acho que o
principal de tudo isso é tentar fazer com que as partes não façam um jogo de
braço para ver quem tem mais força. Eu acho que, neste caso, só quem perde é a
população, então vamos tentar fazer essa mediação para que não haja uma medição
de forças entre empresários e Prefeitura. Não é este o objetivo – tenho certeza
– da Prefeitura, e espero que não seja este o objetivo dos empresários também,
Ver. Paulinho Motorista.
Eu também queria lembrar ao Ver. Comassetto que
a bilhetagem eletrônica realmente aconteceu em 1988. Mas isso foi uma
modernização do que era feito antes com as fichas; ficha amarela, ficha roxa,
tinha tudo quanto era tipo de ficha. E isso vem desde lá da outra época, não é?
Não estamos aqui culpando ninguém, mas é só para refrescar a memória: quem
administrava as fichas, as famosas fichinhas de ônibus também era a ATP. Então,
não se venha querer dizer, aqui, que se inventou a roda depois de 1988; isso já
vinha sendo feito. Se estava certo, se estava errado... Agora, o Prefeito tomou
a posição correta de administrar, e vamos fazer com que o transporte coletivo
de Porto Alegre realmente sirva à população. Nem tanto a terra nem tanto ao
céu, que seja bom para quem usa, para os mortais passageiros de ônibus de Porto
Alegre; estes é que precisam ser respeitados, estes é que precisam ter a
atenção dos Vereadores, da Prefeitura e dos que exploram o transporte coletivo
na Cidade.
Era isso. Não vou me alongar muito para que
possamos ter tempo para fazer a votação dos projetos que estão priorizados, que
precisam ser votados para que não se precise fazer sessões extras na Câmara de
Vereadores no mês de dezembro. Vamos seguir a ordem de votação. Há projetos
importantes para serem votados, tanto do Executivo quanto de Vereadores. Vamos
votá-los, para que não se chegue nos dias 15, 16, 18 de dezembro precisando
trazer bananas e pães para a Câmara de Vereadores. O Ver. Bernardino quase teve
que arrematar todas as bananas de uma fruteira, no ano passado ou retrasado,
porque os Vereadores estavam com fome. Espero que não cheguemos a isso, que a
gente possa votar todos os projetos que estão na pauta, antes de termos que
fazer esses mutirões de fim de ano, que sempre acontecem. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhores funcionários, senhores
e senhoras que nos assistem nas galerias e pela TVCâmara, eu queria manifestar
a nossa alegria pelo retorno do nosso Líder, Mario Fraga, que fez falta nesses
dias, e também saudar, aqui, os alunos, os representantes da Polícia Civil,
aqui presentes com a Presidente da Sinpol - Sindicato dos Servidores da Polícia
Civil, e já solicitar ao Governador do Estado para que, antes de terminar o seu
mandato, veja a situação desses 700, 800 policiais que estão praticamente
formados, que têm que iniciar uma academia, que passaram num concurso,
justamente numa situação – que estamos vendo –- em que existe uma falta muito
grande de policiais.
E recebi, hoje, um pedido por e-mail, de 798 servidores da Susepe que
estão na mesma situação, senhores. Hoje nós estamos precisando de trabalhadores
da segurança pública para que nos deem um pouquinho mais de sensação de
segurança, já que temos visto aí escolas, creches fechando. Então, este é um
dos pedidos que faço ao Sr. Governador do Estado: que, antes de fechar a porta,
antes de encerrar seu digno mandato, faça esse ato, que será um grande ato em
favor da segurança pública e da comunidade do Estado do Rio Grande do Sul.
Trago outro assunto, senhores. Eu já me
posicionei quanto a isso duas vezes aqui nesta Casa, antes, e vou me posicionar
pela terceira vez. Ontem, na Assembleia Legislativa do Estado foi aprovado o
plano de aposentadoria dos Deputados. Com o maior respeito que tenho pelos
Deputados, com o maior respeito que tenho pela classe política, digo que, no
meu pensar, política não é cargo! Quem quiser entrar para o Estado, que faça concurso!
Nós estamos aqui graças ao voto do povo, graças ao voto de quem nos confiou um
mandato para que trabalhemos por uma comunidade. E aí eu vejo pessoas ganhando
salário mínimo, com a maior dificuldade, tendo que entrar numa fila de posto de
saúde, e os senhores Deputados com um projeto que, de um dia para outro, então,
Prefeito Villela... Nós temos uma lista de projetos, inclusive de carreiras do
Estado, de concursados do Estado, para serem votados até o final deste mandato,
e aí, de um dia para outro, de uma semana para outra, se vota a aposentadoria
dos Deputados!
Ontem, eu discuti aqui com dois jovens – já pedi
desculpa para eles –, no calor deste plenário, porque, antes de começar um
debate aqui, já estavam apitando, assobiando, sem deixar uma das partes se
manifestar. E aí eu vejo que esse desrespeito tem motivo, pois, muitas vezes,
parece que nós viramos reféns de votos. Quando a gente vai a algum lugar, as
pessoas dizem: “Se tu não me deres tal coisa, não terás mais meu voto”. Teve um
rapaz que me pediu uma bateria, o instrumento musical, e, no outro dia, como eu
disse para ele que não daria uma bateria para ele – meu mandato não é para
isso, meu mandato é para projetos coletivos, não para bens individuais –, ele
postou no Facebook que político era tudo igual. Esse posicionamento, senhores,
de políticos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. DELEGADO
CLEITON
...É que alguns têm esse sentimento e direcionam para que nós, políticos, que
temos um direcionamento de trabalhar para as suas comunidades, sejamos
generalizados. Infelizmente! Pois esse ato de aposentadoria foi mais um dos
atos para generalizar que “político é tudo é igual”. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. Mauro Pinheiro, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, antes, quero fazer uma referência ao Ver. Reginaldo Pujol.
Estávamos há pouco comentando, e quero reforçar aqui a minha opinião a respeito
das questões da preservação e conservação dos vegetais aqui em nossa Cidade. A
gente fala em vegetais, mas muitas pessoas não entendem, mas são as podas nas
árvores. Primeiro, quero cumprimentá-lo por, neste ponto em especial, fecharmos
questões.
Naquele assunto da minha Emenda, Ver. Reginaldo
Pujol e demais Vereadores, que temos em um projeto do Executivo, o que queremos
é a preservação dos vegetais, da seguinte forma: quem tem um terreno, um sítio
ou uma chácara precisa receber incentivo para plantar e manter os vegetais,
porque hoje estamos vendo um debate muito grande, principalmente de quem não
cuida árvore nenhuma, de quem não tem nenhuma folhagem para cuidar – e não há
nenhum demérito aqui –, sem valorizamos quem pode e tem para cuidar. Então,
queremos, com esta emenda, que aquele dono de um imóvel onde tenha uma árvore
possa cultivar aquela árvore, deixar aquela árvore, Ver. Engº Comassetto, V. Exa.
que é agrônomo, que ele possa dar vida àquilo e possa plantar mais árvores,
mais vegetais, com uma condição especial: no dia em que ele precisar usar
aquela área, que possa ter um tratamento diferenciado. Ao contrário, as pessoas
que têm um imóvel não deixam nem crescer, vai ali na touceira, como a gente
dizia em Iraí ou Quaraí, e dá um jeito de matar, porque vira um escravo do
vegetal depois, perante os radicalismos que estamos vendo. Precisamos arrumar
uma maneira de incentivar, Prefeito Villela, o plantio e a conservação desses
vegetais, para aqueles proprietários que detém um terreno, um sítio, uma área
de terra. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio que não incentive,
diga-se de passagem, as pessoas a não darem vida aos vegetais, porque sabemos quantas
pessoas estão aqui nesta Cidade com árvores oferecendo perigo, inclusive, com
dificuldade até de podar, muita dificuldade, quem dirá de remover. Precisamos
chegar a um consenso e fazer um chamamento, porque precisamos preservar o
verde, mas muito mais o verde nativo do que esses verdes que são plantados por
aí. Eu ainda sou daqueles que acham que nós devemos incentivar o plantio de
árvores frutíferas, não árvores com pouca finalidade.
Ver. Janta, que me antecedeu, Ver. Comassetto,
eu gostaria de dizer aos Vereadores que a respeito do transporte coletivo, eu
estou convencido de que eu não sei onde está a verdade. As empresas não
quiseram participar da licitação? Eu não sei. Porque eu sou de uma época em que
o quero-quero cantava num lugar e botava o ovo lá no outro!
Eu já tenho visto tanta coisa neste mundo que eu
quero dar um tempo. Primeiro, eu não quero acreditar que o Executivo, com toda
a experiência que tem, possa construir um edital com condições de inviabilizar
as empresas, porque daí, lógico que ninguém vai querer, nem aqui nem lá. Por
outro lado, nenhuma empresa se interessou efetivamente em participar do
certame? Como assim? É meio estranho. Então, sobre transporte coletivo, eu sei
que nada sei.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, na presente semana, dois fatos
ocorreram na esfera municipal que merecem a minha atenção. O primeiro foi a
renúncia da empresa que havia ganho a licitação para duplicar a Av. Voluntários
da Pátria, da Rua Ramiro Barcelos até a Av. Sertório, que, depois de ter ganho,
desistiu da licitação. O segundo é sobre empresas que operam o transporte coletivo
em Porto Alegre, que não participaram da licitação que se realizou há poucos
dias.
Ora, eu divirjo da maioria das opiniões, todas elas entendendo que os transportadores erraram em não participar da licitação. Ver. Bernardino Vendruscolo, V. Exa. que foi o último a tocar nesse assunto. Eu acho que é uma atitude que merece ser aplaudida, porque, diferente do que se faz neste Brasil, do que se fez, por exemplo, na Petrobras - as pessoas entravam em qualquer edital, ganhavam o contrato, depois faziam um aditivo que dava ensejo às maracutaias e resolviam o problema. Ora, se os transportadores se acham sem condições de cumprir as exigências que o edital estabelecia, correta está sua posição de não ter participado; corretíssima. O errado seria se eles entrassem numa licitação, para depois não cumprir com suas obrigações – essa é a realidade pura e simples. Há, indiscutivelmente, um grande gargalo a ser resolvido no transporte coletivo de Porto Alegre, não há dúvida nenhuma quanto a isso. Nós, desta tribuna, inúmeras vezes já dissemos que se pensar em equacionar o processo do transporte coletivo na Cidade, sem alterar as regras do jogo, no que diz respeito ao custeio efetivo do transporte realizado, sem reexaminar, afora pela concessão de que os benefícios são oferecidos aos cidadãos em geral, inclusive aos nossos brigadianos, como há poucos dias decidimos aqui, enquanto isso não for decidido, toda a discussão vai dar nessa polêmica que estava ocorrendo. Agora, o Prefeito anuncia que, no futuro, com muita probabilidade, vai fazer a licitação por linha ou por conjunto de linhas. E nós não temos nada a oferecer de reparos a essa posição, a não ser dizer exatamente aquilo que, Ver. Bernardino Vendruscolo, em outras palavras, disse. Vamos aguardar o que vem. Agora, recriminar os atuais permissionários por não terem participado de uma licitação na qual eles entendiam não ser possível honrar o edital que licitava, é algo que nós temos que aplaudir. Aliás, acho que de uma coisa nós vamos ficar liberados: a história de que fazer uma licitação para favorecer os atuais permissionários está desfeita. Se fosse para favorecer, seria favorecido um desses editais. Então, não se diga que existe uma mancomunação entre o licitante e os licitados. Foi feita uma licitação; foi feito um edital, que continha várias situações. Eu não me permito examiná-lo na profundidade devida, porque não tive tempo, nem tive condições de analisar o enorme catatau que é esse edital, mas acredito, se os interessados analisaram e viram que não tinham condições de honrar, não compareceram. Não deve ser uma coisa tão tranquila assim, que ninguém neste País compareceu também.
Por isso, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
quero tranquilamente, com segurança, com firmeza, dizer que não critico os
empresários; muito antes pelo contrário, compreendo a sua atitude respeitável,
louvável e adequada às circunstâncias. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
(O
Ver. Professor Garcia reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo o Ofício nº 1074/14, de autoria
do Sr. Prefeito José Fortunati (Lê.): “Senhor Presidente, Cumprimentando-o
cordialmente, comunico que o Ver. Airto Ferronato retorna à Liderança do
Governo, nesse Legislativo, bem como o Ver. Reginaldo Pujol e o Ver. Mario
Fraga, exercerão a Vice-Liderança”.
A Ver.ª Sofia Cavedon está
com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, obrigada aos partidos PCdoB, PSOL, PT,
a quem espero representar nesta fala. Eu gostaria de começar repudiando
veementemente a recriação da possibilidade de aposentadoria dos Parlamentares
estaduais, questão que, para nós, era uma questão superada, que estava no marco
dos Legislativos que não tinham respeito pelo interesse público, pela população
trabalhadora deste País. Lamentavelmente, foi recriada na Assembleia
Legislativa no dia de ontem.
Mas quero tratar da notícia alvissareira de
sexta-feira, quando a Prefeitura publicou, finalmente, no Diário Oficial, a
anulação do Termo de Compromisso que o Município celebrou com a empresa OAS
para implantação da denominada Arena Esportiva do Grêmio. Muitas vezes, vim a
esta tribuna, a partir de 2012, para falar especificamente sobre esse Termo de
Compromisso. Foi quando entramos no Ministério Público e no Tribunal de Contas
para denunciar o Termo, dizendo que ele não obedecia ao licenciamento do
empreendimento. Esse Termo de Compromisso, assinado pelo Prefeito José
Fortunati, pelo Procurador-Geral do Município, João Batista; pelo Secretário de
Planejamento, na época, Ricardo Goethe; pelo Secretário de Meio Ambiente, Luiz
Fernando Záchia; pelo Secretário de Gestão, Schmidt; pelo Secretário de
Governança, Busatto; e pelo Dr. Eduardo de Souza Pinto, da OAS – que só não foi
preso porque não é mais da OAS, agora, na última operação Lava Jato –,
descumpria flagrantemente o que a empresa havia se comprometido no
licenciamento técnico da obra.
Muitas vezes, explicitei, na tribuna, para os
senhores que, o Estudo de Impacto Ambiental realizado pela empresa, revisado e
analisado pela SMAM e acordado entre ambos previa, especificamente, as várias
obras de melhoria urbana no entorno da Arena do Grêmio, como medida mitigadora.
E não só previa a realização das obras de responsabilidade do empreendedor,
como dizia por que e quais, quando dizia que ia aumentar o tempo de
deslocamento dos veículos que usam a interseção da Av. A. J. Renner com a R.
Dona Teodora, era a descrição do impacto. A medida mitigadora era a implantação
da Av. A. J. Renner em seu gabarito definitivo, com três faixas de tráfego por
sentido. Proibição da conversão à esquerda na Avenida A. J. Renner e
implantação de alças de retorno. Pavimentação da rua Ernesto Neugebauer.
Falo de uma: o problema dá impacto. Qual a medida mitigadora? De quem é a
responsabilidade? É do empreendedor.
E assim nós temos
várias obras previstas, à época, para o empreendedor. E quando o Prefeito vai
assinar, ele coloca na responsabilidade do Orçamento da Prefeitura. Depois, o
restante das obras, olhem o que estava escrito (Lê.): “O empreendedor se
compromete junto com o Município a auxiliar na busca de novos recursos junto à
União e/ou Estado do Rio Grande do Sul para viabilizar o custeio final das
obras.”
Então a Prefeitura
assumia a responsabilidade, convocava o Estado, a União, os Parlamentares,
porque há um item, inclusive, que diz que de emendas parlamentares federais
virão oito milhões, mais oito milhões, e o Ministério Público e o Tribunal de
Contas – cobrado e visitado muitas vezes por esta Vereadoras e lideranças
comunitárias – aos poucos foi tomando pé, cobrando da Prefeitura, teve como
primeira medida determinar que o Município parasse as obras que havia começado
com recursos próprios, determinar que não se fizesse uso de recursos públicos
de nenhuma esfera, e agora estava – isso são dois anos! – a ponto de entrar com
um inquérito administrativo, com crime de responsabilidade, e o Prefeito
finalmente anula o Termo de Compromisso...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON: ...Eu encerro,
senhores e senhoras, dizendo que nós vamos acompanhar para ver qual é o novo
Termo de Compromisso. Mas quero dizer, diferente do que muitos tentaram dizer à
época, que eu era contra o Grêmio, contra a Arena, que o prejuízo desses dois
anos de obras não realizadas e de recursos públicos, alguns já colocados, está
atingindo a nossa Cidade, atingindo os torcedores do Grêmio, atingindo os torcedores
dos times opositores que vão lá, porque é um inferno aquele acesso, e atingindo
especialmente os moradores do entorno da Arena do Grêmio. Esse tipo de
irresponsabilidade, de improbidade não podia perseverar, e eu fico muito feliz
que, finalmente, nós chegamos à anulação desse ato que só prejudicava a cidade
de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul – a OAS, essa empresa que é uma
das denunciadas como corruptora neste País. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h15min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1709/13 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/13,
de autoria do Ver. Clàudio Janta, que inclui a efeméride Dia Municipal dos
Pretos Velhos no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações
posteriores –, no dia 13 de maio.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Alberto Kopittke: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela
aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Mario Fraga: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-03-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 172/13. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1164/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 114/14, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
declara de utilidade pública a Associação Estrela Gaúcha.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela
aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 29-10-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 114/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0373/14 – PROJETO
DE RESOLUÇÃO Nº 004/14,
de autoria da Verª Jussara Cony, que concede a Comenda Porto do Sol ao Opinião
Teatro Bar Ltda.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Derly: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 02-07-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PR nº 004/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1777/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/14,
de autoria da Verª Any Ortiz, que declara de utilidade pública a Associação dos
Componentes da Banda Marcial São João – Acoban.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 26-11-14 por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 164/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1232/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
inclui a efeméride Dia do Chefe de Cozinha no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de
maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 13 de maio.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora Verª Any Ortiz: pela aprovação do
Projeto;
- da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 08-10-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 121/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2205/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/14, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
declara de utilidade pública a Academia de Letras dos Municípios do Rio Grande
do Sul.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 26-11-14
por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 210/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Sr. Waldir Canal (Requerimento):
Sr.
Presidente, solicito a retirada do PLL nº 090/14 da priorização de votação da
Ordem do Dia de hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Waldir Canal. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1192/13 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 024/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que institui o Código
de Ética Municipal.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da
Emenda nº 01; Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 02;
- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela
aprovação do Projeto e da Emenda nº 02;
- da CEDECONDH. Relatora Verª Fernanda Melchionna:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos
membros da CMPA - art. 82,
§ 1º, I, da LOM;
-
Emendas nos 01 e 02 retiradas de tramitação;
-
incluído na Ordem do Dia em 26-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em
discussão o PLCL nº 024/13. (Pausa.) O Ver. Alberto Kopittke está com a
palavra para discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE:
Sr. Presidente, caros colegas, venho apresentar este projeto que já tramitou em
todas as Comissões, tendo parecer positivo da nossa consultoria jurídica. Houve
um óbice em determinada emenda de minha autoria, que foi retirada.
Acho que é um projeto bastante relevante que
institui o Código de Ética na Administração Municipal, que vem a ser um
conjunto de normas éticas que talvez nem precisassem estar escritas, mas o fato
é que precisam. Este projeto existe em várias prefeituras do País, em órgãos da
Administração. Eu me referenciei no decálogo ético da Prefeitura de Canoas para
apresentar esse conjunto de normas.
Nós temos falado muito sobre corrupção – uma
chaga da cultura brasileira –, mas, antes de atacarmos partidos A, B ou C, nós
precisamos fortalecer as instituições e deixar as regras de gestão cada vez
mais claras. E os mecanismos de controle institucional da Administração...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Alberto Kopittke prossegue a sua
manifestação de discussão do PLCL nº 024/13, a partir deste momento, por
cedência de tempo da Ver.ª Fernanda Melchionna.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE:
Muito obrigado, Ver.ª Fernanda Melchionna, pela gentileza. Então, esse conjunto
de normas visa, por exemplo, a exigir a publicação, na Internet, das agendas
daqueles que estão em função de gestão, não só o Prefeito e o Vice, como é
feito hoje, mas de todos os diretores de estatais, de todos os cargos em
comissão da Administração Pública e – inclusive é a Emenda nº 04, para
apreciação deste Plenário, respeitando, obviamente, as opiniões divergentes –
de servidores que venham a ocupar cargo. As obrigações estão vinculadas ao
cargo de gestão municipal, e, por exemplo, a cada viagem feita por um servidor,
a Prefeitura não pode pagar diárias no final de semana; o servidor, ou gestor,
fica obrigado a apresentar um relatório de viagem, que tem que ser
disponibilizado no portal da transparência. Qualquer aumento patrimonial do
gestor tem que ser informado à Administração Pública; essa é outra exigência,
para procurar fazer uma determinada blindagem, frente a uma série de aspectos
que nós temos visto. Quando reunido o setor privado, tem que ter, pelo menos,
um servidor de carreira acompanhando, e um conjunto de regras, como a produção
de presentes, viagens, que, inclusive, já são de uso, mas eu acho importante
explicitar aqui, de uma maneira formal, para ajudar o prefeito, ou a prefeita,
de nossa Cidade no controle da sua administração municipal.
A outra Emenda faz referência... Por um
equívoco, da minha parte, eu expressei, num artigo, que o documento deveria ser
remetido à comissão de ética pública do Município. Mas essa comissão ainda não
existe, é uma sugestão que nós estamos fazendo, e eu, obviamente, tive que
corrigir, trocando ali por órgão designado pelo Prefeito, que vai ser o
responsável pela gestão das normas apresentadas pelo código de ética da
administração municipal.
Fico à disposição dos colegas, e peço a
acolhida, a análise e a aprovação desse projeto, que é um passo pequeno, mas
que vem colaborar na transparência e na ética da gestão pública, pois eu tenho
certeza de que é uma luta de todos aqui nesta Casa e uma grande expectativa da
nossa população. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste nas
galerias, público que nos assiste pela TVCâmara, esta Casa tem dado grandes
exemplos, não somente ao Rio Grande do Sul, mas também ao Brasil. Depois da
vergonha o que ocorreu ontem na Assembleia Legislativa com os nossos
Deputados... Durante todo o período eleitoral e durante os governos Tarso
Genro, Yeda Crusius, Germano Rigotto, Olívio Dutra, Antônio Britto e por aí
vai, estivemos com Estado quebrado, com uma dívida incalculável; com um Estado
que precisa fazer grandes reformas, grandes transformações; que não tem
dinheiro para investir em escola de tempo integral, que não tem dinheiro para
investir nos hospitais do Interior e transformá-los em hospitais de média e
alta complexidade; um Estado que deixou várias cidades com obras inacabadas por
não ter nenhum aporte financeiro. E nós vimos, vergonhosamente, ontem, a
Assembleia Legislativa aprovar um projeto de aposentadoria para os Deputados,
que gerará, no mínimo, R$ 600 milhões a mais de despesa para o Estado.
E hoje esta Câmara pode dar um grande exemplo
para o Rio Grande do Sul e para o Brasil se nós aprovar este projeto de
transparência de autoria do Ver. Alberto Kopittke. É um projeto que traz
transparência. Um servidor pode estender a sua viagem num fim de semana, mas
não pode estar ganhando diária para isso! Pode, é justo! Ele vai fazer uma
viagem representando o Município no Rio de Janeiro, Ver. Tarciso, e pode
aproveitar aquela passagem, estender – é justo isso – e vir embora no domingo à
noite. Agora, ele não pode ganhar diária do Município! Ele pode estar em
Brasília e estender essa viagem, mas requerer mais diárias para isso! E também
é justo ele apresentar o relatório. Quando nós vamos representar esta Casa,
usamos esta tribuna, por cinco minutos, para prestar um relatório público à
população de Porto Alegre sobre as viagens que fizemos representando esta Casa.
Eu acho que isso é uma forma de, no dia de hoje, esta Casa demonstrar que ainda
é possível se fazer a boa política, Ver. João Bosco Vaz e Ver. Nereu D’Avila. É
possível nós resgatarmos essa boa política. Ainda é possível nós termos orgulho
de andarmos na rua e dizermos que somos políticos, apesar de tudo que a gente
vê por aí, como a operação Lava Jato, operação isso, operação aquilo, onde a
política está envolvida. Nós podemos começar aqui por Porto Alegre onde as
coisas, muitas vezes boas, acontecem; nós podemos começar a dar exemplo para o
Brasil de como se tratam as coisas públicas. Se um prefeito é obrigado a
prestar contas do que faz, se um vereador é obrigado a prestar contas do que
faz, por que um secretário e um servidor não são obrigados a prestar contas do
que fazem? Nós somos agentes públicos, nós somos funcionários do povo de Porto
Alegre, nós somos funcionários da população de Porto Alegre! Então nós achamos
que este projeto do Ver. Alberto Kopittke deve ser aprovado. Com este projeto
esta Casa dá um exemplo nesse momento em que a política novamente ocupa o
espaço na imprensa, ocupa espaço nos bares, restaurantes, dentro dos ônibus,
nas esquinas, com notícias ruins, notícias tristes onde a política, novamente,
ocupa espaço tentando manchar a imagem dos políticos com essa aposentadoria.
Quando se fala em reformar a política através de mandatos, se faz uma
aposentadoria onde os mandatos serão quase que capitanias hereditárias, terão
que ter 10 mandatos para se aposentar, aí se fala em limitar o número de
mandatos, e, ao mesmo tempo, se diz que terá que ter dez mandatos ou se deixa
lacunas para as pessoas poderem se aposentar com salário de Deputado. Nós
viemos para a política porque acreditamos que a política possa fazer as
transformações. Se nós estamos na iniciativa privada nas nossas atividades e
achamos que a previdência social não vai resolver o nosso problema de
aposentadoria, pagamos uma aposentadoria complementar, buscamos um outro ganho
para quando nos aposentarmos. Isso todos os trabalhadores fazem com a sua
aposentadoria. Agora, buscar tirar dinheiro público, buscar tirar dinheiro da
Saúde, da Educação, da Segurança, dinheiro do povo para se beneficiar, somos
contrários.
Nós, aprovando, hoje, este projeto do Alberto
Kopittke, estaremos dando um grande exemplo para o Rio Grande do Sul e para o
Brasil de que ainda há a esperança de se fazer a boa política, a esperança da
transparência na política, a esperança de os políticos fazerem uma boa Reforma
Política.
Com força, fé e solidariedade, vamos fazer uma
boa política para os trabalhadores e suas famílias. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, este projeto de autoria do
Ver. Alberto Kopittke, que institui o Código de Ética Municipal, data de
novembro de 2013, tendo chegado aqui na Casa durante aquele ano legislativo e
recebido a primeira tramitação nesse período, tanto que, em dezembro daquele
ano, ele recebia a primeira emenda, que era da lavra do próprio autor.
Hoje, Sr. Presidente, a matéria aqui em discussão nos coloca um a certa dificuldade. De um lado, temos que em 2013 o Ver. Bernardino Vendruscolo, examinando a matéria, entendia ele existir óbice na sua tramitação, na área da Comissão de Constituição e Justiça. Esse parecer foi aprovado. Não obstante, no ano de 2014, com o surgimento da Emenda nº 02, a própria Comissão de Constituição e Justiça consagrou a posição do Vereador signatário do parecer, o Ver. Márcio Bins Ely, que, enfaticamente, conclui pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da emenda e do projeto. A Emenda, era a de nº 02, que foi retirada. Não está mais em discussão. Mas permanecem, Ver. Valter Nagelstein, V. Exa. que é um dos que apoiou este parecer, as considerações muito bem fundamentadas pelo Ver. Márcio Bins Ely - que lamentavelmente, neste momento, não está aqui presente, deve estar pela Casa, em breve estará aqui conosco -, que poderá nos esclarecer melhor, quando diz que o referido projeto viola o preceito do art. 99, inc. IV, e art. 12 da Lei Orgânica do Município, que atribui competência privativa ao Chefe do Executivo para realizar administração municipal. “Entendemos, salvo melhor juízo [é o Ver. Márcio Bins Ely que afirma], que o conteúdo normativo do art. 3º, parágrafos 1º e 2º, bem como dos artigos 8º, 9º e 10º, invadem a competência do Poder Executivo Municipal e interferem diretamente nos atos de gestão ao impor comportamento ao gestor público”. A partir daí, há uma série de transferências de colocação de dispositivos legais que, a juízo do relator, está sendo violada. E essa postura foi acolhida pela Comissão de Constituição e Justiça, Ver. Nereu, com cinco votos favoráveis ao parecer e dois votos contrários. E entre os votos contrários estão os nossos – o meu e o seu –, o do Ver. Márcio Bins Ely, naturalmente já referido, do Ver. Waldir Canal e do Ver. Valter Nagelstein. Em cinco minutos, é impossível aprofundar a discussão da forma que nós fizemos na Comissão de Constituição e Justiça. Mas eu tenho declarado, Ver. Alberto Kopittke, sistematicamente, que me baseio nas manifestações das Comissões, e, nesse particular, não surgiu, até agora, uma réplica, ou uma contestação objetiva ao parecer do Ver. Márcio Bins Ely, que enfatiza esse fato.
O Sr. Alberto
Kopittke: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pujol, peço-lhe
desculpas, eu estou dialogando com outros colegas e talvez tenha perdido algum
ponto específico da sua manifestação, mas sobre o parecer do Ver. Márcio Bins
Ely, referente à Emenda nº 02, eu retirei essa emenda porque eu concordei com o
parecer aprovado pela CCJ. Então, creio que eu suprimi o ponto no qual foi
apontado o óbice, que era específico à Emenda nº 02, se eu não me engano, e
mantive a integralidade do projeto, que teve análise positiva da Comissão.
Trago essa informação, não sei se é exatamente o ponto que o senhor estava
abordando.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Vereador,
o parecer do Vereador entendia que a Emenda nº 02 não elidia a irregularidade
que ele apontou anteriormente. É o que está escrito aqui. Como é do meu feitio,
como eu vou votar contrariamente, estou na tribuna sustentando o meu voto por
antecipação. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo a Emenda nº 05, de autoria da
Ver.ª Lourdes Sprenger, ao PLCL nº 024/13.
Apregoo o Requerimento de autoria do Ver.
Idenir Cecchim, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 05 ao PLCL nº 024/13
à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. NEREU
D’AVILA: Ilustre
Presidente desta Casa, Ver. Professor Garcia, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, senhoras e senhores que assistem nossa Sessão, senhores
funcionários, senhoras funcionárias, hoje o Rio Grande do Sul, através dos seus
órgãos de imprensa, das redes sociais e de toda a opinião pública em geral,
está discutindo acerca de uma aposentadoria que os Deputados votaram ontem. Aí
se verifica o quanto nós, cidadãos livres que pagamos impostos, sim, somos
manipulados por setores da imprensa que querem inculcar nas nossas consciências
o que é certo e o que é errado. Por isso parabenizo o ilustre Presidente do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, José Aquino Flores de Camargo, pela
coragem de vir aos microfones de uma poderosa emissora e dar seu parecer
favorável, como cidadão e como magistrado, ao que foi aprovado na Assembleia.
Chega de nos subjugarmos aos órgãos majoritários, pois tudo o que eles pensam
diante dos microfones é o certo ou é o errado, como se nós não tivéssemos
neurônios, como se não tivéssemos consciência de cidadania, porque ajudamos a
construir a grandeza deste País, inclusive pagando religiosamente os altos
impostos de um Governo que ganhou por apenas três milhões de votos. E aqui no
Rio Grande, graças a Deus, foi varrido para baixo do tapete com 61%, 62% dos
votos; houve cidades na encosta superior do Nordeste onde houve 92% de votação
antipetista, e agora, aqui na Casa, os falsos moralistas vêm novamente com
projetos de salvação da moral. Nós sabemos qual é a moral do PT, nós sabemos
qual é a moral da corrupção instituída neste País, no seu maior órgão, que é a
Petrobrás, nós sabemos muito bem quem são eles, e por isso fomos às urnas, e
aqui no Rio Grande nem para a presidência e nem para Governador ficaram perto
da vitória. Agora, as eternas cassandras da verdade estão procurando a
situação, porque a oposição não tem sequer votos para aprovar projeto nenhum.
Veio, humildemente, procurar, mas nós sabemos da sua soberba, individual e
coletiva.
Portanto, o projeto chega ao desatino de querer
ata de quaisquer reuniões ordinárias para fazer o “dedurismo” da história, ou,
se alguém ali discordar do trotskismo daqueles que vêm com esses projetos de
salvação da moral, entre aspas.
Nós conhecemos muito bem o que é isso, o que
representa. Os cordeiros que se apresentam hoje são os lobos que avançam na
Petrobras, que avançam no dinheiro público, que são os que querem salvar a
pátria através de projetos desse teor, com falso moralismo. Porque isso não
salva coisa nenhuma, é ética de coisa nenhuma! É um amontoado de princípios
para projetar Vereadores que estão ávidos por publicidade – nós os conhecemos
desde que militavam em Canoas nas Secretarias, onde, às vezes, mentiam para a
imprensa. Foram desmentidos pela própria Prefeitura de Canoas. Esses são os
falsos moralistas desta Casa! Projetos enganadores, que enganam os incautos!
Nós, da Comissão de Justiça, votamos o parecer do nobre Ver. Márcio Bins Ely
contrário ao Projeto na sua legalidade e constitucionalidade, já para não
apreciar o mérito de falsos moralismos.
Por isso eu chamo a atenção, num dia em que o
Rio Grande aprovou um projeto legítimo da Assembleia, que já tem no Congresso
Nacional, e que esta Casa, no passado, derrogou a lei. Legitimamente nós
descontávamos, e era lei – e o Prefeito Villela sabe muito bem. Eu descontei
oito anos, com sacrifício, e ainda não fui buscar na Justiça o meu dinheiro.
Quando vieram aqui também falsos moralistas para derrogar aquela aposentadoria
dos Vereadores. Mas é história para a Justiça, porque, assim como, num primeiro
momento, nos parece que aqueles que subiram ao poder pregando a ética, a moral,
a diferença, agora estão se mostrando, nesses anos de poder, tanto em nível
nacional como regional. Quanto ao regional – a minha manifestação aqui é um
protesto de que os rio-grandenses não se submeteram! Aqui no Rio Grande não se
salvou o falso discurso: “deixem-me no poder para eu continuar o que nós temos
feito, porque nós fizemos o maior Governo da história do Rio Grande; queremos
continuar, porque o adversário não tem discurso, não tem proposta.” Eles sempre
sabem tudo, eles são os que dão o norte da moral, da ética, da maior
administração que o Rio Grande já teve. Mas o povo rio-grandense, a partir da
Grande Porto Alegre, onde só Sapucaia deu-lhes voto, porque a Grande Porto
Alegre onde eles diziam que eram os donos, refutou-os irremediavelmente, eles
tiveram o repúdio das urnas, agora, em outubro passado. Mas eu fico pasmo é que
eles não se conformam, mantém a soberba, mantém o nariz empinado, porque são os
salvadores da pátria, e vem com esses projetinhos de falsa moral, querendo nos
enganar. Mas quem tem experiência nesta Câmara, experiência de vida,
experiência de cidadania, experiência de administração, não vai nesta balela
que a Câmara deve refutar daqui a alguns minutos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, primeiro, quero cumprimentar o Secretário Claudio
Dilda; o Superintendente Mauro Gomes de Moura; o Sr. Paulo Cesar Cerutti; e
cumprimentar a representação da SMAM que está aqui e gostaria de dizer que
sejam muito bem-vindos. O Secretário e os colegas da SMAM têm uma função árdua,
nós sabemos que não é fácil, diária, e se descascam abacaxis e pepinos. E eu
dizia, Ver. Cecchim, que lá na SMIC eu tinha uma plantação de abacaxis e uma de
pepinos, uma de cada lado, e não é diferente na SMAM. Quero também saudar os
colegas fiscais que vejo aqui, quero saudar a representação da sociedade civil,
o pessoal a UAMPA, enfim. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. João Bosco Vaz,
já disse alguém que ética é aquilo que nós fazemos quando ninguém está olhando,
nós não precisamos de um código de ética para saber o que é certo e o que é
errado. Aliás, Verª Séfora, isso está aqui, e eu vou descrever os absurdos que
estão escritos, com todo respeito ao proponente, por ser uma excrescência
jurídica e política. Em primeiro lugar, porque já existe um dispositivo que
regra a conduta do servidor público, que é o Estatuto do Servidor Público, que
vincula todos os servidores às suas normas, às suas condutas, à diretriz de
natureza ética que rege o comportamento de todo servidor público - Ver. Nereu, V. Exa. tem razão.
Eu fico preocupado com
essas questões que falam a respeito de campanha com recursos públicos, pois aí
chega a época da eleição e fazem campanhas absolutamente milionárias, Ver.
Mario. Este projeto, que está aqui, hoje, para minha surpresa, ganha um
destaque na coluna da página 3, do meu amigo Túlio Milman, do jornal Zero Hora;
assim como o outro, da semana passada, do Ver. Marcelo Sgarbossa. Os dois, me desculpem
os autores e me desculpe meu querido amigo jornalista, mas ele não pode se
prestar a uma pauta jornalística, porque os projetos são estapafúrdios, são
excrescências, são impossíveis! Primeiramente, Ver. Marcelo Sgarbossa, volto a
dizer com todo respeito, o projeto quer regrar matéria eleitoral. Diz que as
empresas, aqui na Câmara de Vereadores, não podiam mais doar nas próximas
eleições, quando se sabe, até as pedras da Rua da Praia, desde 1900, sabem, que
a questão de matéria eleitoral é regulada pelo Congresso Nacional. Não é a
Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Mas aí ganha uma manchete no jornal Zero
Hora, como se quisesse salvar o mundo.
Um outro colega Vereador vem e propõe um projeto
aqui dessa natureza, dizendo que é muito bom haver ética, que bom que todos
andassem com ética, mas isso não precisa estar no papel. Sem falar no novo
prólogo, que já está escrito. Vejam os absurdos! Diz aqui o art. 1º, § 1º, do
art. 3º, que as reuniões realizadas com o setor privado – vejam o grau de
preconceito e a impraticabilidade da lei -, grupos particulares ou
representações da sociedade deverão ser públicas. É óbvio que toda reunião é
pública, só que agora vamos começar a fazer em praça, então, já que o Vereador
quer. Como na antiga ágora, vamos fazer a reunião do Prefeito na praça.
Continuando: as reuniões deverão ser públicas com a produção de atas sintéticas
- toda reunião agora vai ter que ter uma secretária para fazer uma ata -, com,
no mínimo, dois gestores municipais. Agora, eu como Secretário, Ver.ª Séfora, e
vou ter que ter um outro gestor municipal, um outro Secretário para fazer uma
reunião para me fiscalizar. Eu fui Secretário da Secretaria de Indústria e
Comércio de Porto Alegre e tratei do início ao fim, do primeiro ao último dia,
com os outros colegas, que foram Secretários aqui, com retidão, com hombridade.
O Ver. Márcio Bins Ely foi Secretário, o Ver. Nereu foi Secretário, o Ver.
Cecchim foi Secretário, nós não precisamos, Gil Almeida, de código de ética,
dessa peça esdrúxula. Ver. Alberto Kopittke, o senhor que nos acompanhou a São
Francisco no ano passado. Eu cheguei a São Francisco, e o senhor já estava lá
há dois ou três dias. O senhor foi à chefia de polícia, o senhor visitou todos
os departamentos, e quem produziu essas agendas foram pessoas das suas relações
que estavam lá nos Estados Unidos, pessoas de uma empresa – e não tem problema
nenhum – que o senhor havia ajudado a instalar um equipamento de escuta de tiro
em Canoas, Ver. Alberto! Nós fomos lá na chefia de polícia com o senhor, quer
dizer, o senhor tinha ido lá porque os gestores da empresa tinham marcado a
reunião para o senhor! Mas qual é o problema, Ver. Alberto? Aliás, o seguinte:
a minha viagem foi paga pelo erário, eu pedi diária. E, naquela ocasião, me
ligou um jornalista do jornal Diário Gaúcho e perguntou por que o Ver. Alberto
estava pagando a viagem dele e eu estava pedindo para a Câmara pagar a minha.
Eu disse que era porque eu estava lá por interesse público, porque era o
presidente da CEFOR à época, porque tinha sido Secretário da Indústria e
Comércio, porque tratei de trazer incubadoras tecnológicas para Porto Alegre,
porque me interessava pelo tema, porque a viagem era absolutamente
transparente, porque o interesse era público. É por isso que eu fui!
(Aparte antirregimental.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN:
Então, eu não vejo esse problema, Ver. Alberto!
(Aparte antirregimental.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN:
Eu não sei, é o Ver. Alberto que tem que dizer. Mas o que eu sei é que a
empresa ciceroneou o Vereador lá! E também não vejo problema que a empresa
tenha pedido agendas, tenha levado na chefia de polícia, tenha mostrado como é
que funcionam as questões porque, volto a dizer, são questões de interesse
público. Agora vai fazer um código municipal de ética para dizer o que já
existe no Estatuto do Servidor Público e para criar obrigações que são absolutamente
impraticáveis para posar de vestal, Ver. Janta? Há um tremendo equívoco,
Vereador! Não é assim que nós vamos consertar os problemas do nosso País. Eu
volto a dizer: ética é aquilo que nós fazemos quando ninguém está olhando, são
os ensinamentos que nós trazemos da nossa formação, é saber diferenciar o que é
público e o que é privado e por que nós estamos aqui. Eu poderia estar no meu
escritório, advogando, cuidando de interesses privados, e estou aqui ganhando
um parco salário! Não tem problema, eu estou aqui por vocação, por interesse
público, por vontade de contribuir, por ver que tem cidades que são muito
melhores do que Porto Alegre – e eu tenho essas cidades como paradigmas –, e
quero tornar Porto Alegre um pouco parecida com essas cidades. Mas eu não
preciso ter uma outra pessoa, por exemplo, sentada na sala, se eu for
secretário, ou ter que despachar no meio de uma praça porque o Ver. Alberto diz
que a reunião tem que ser pública.
Então, Vereador, com todo o respeito, tudo o que
está escrito aqui, embora cheio de boas intenções, o senhor me perdoe, me
parece impraticável; mais do que isso, é inaceitável, eu lhe diria, porque já
está regrado. Nós estamos - e eu não quero dizer isso da conduta de Vossa
Excelência - no limiar de algo que é muito demagógico e nós temos que ter
cuidado. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo o Requerimento de autoria da Ver.ª
Lourdes Sprenger, que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 05 ao PLCL
nº 024/13. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. CASSIO
TROGILDO:
Boa tarde, Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; público que nos assiste nas
galerias e que nos acompanha pela TVCâmara, quero dizer às Sras. Vereadoras e
aos Srs. Vereadores que tenho sido daqueles Vereadores que têm procurado
incentivar os projetos de leis que os Vereadores aqui apresentam. Tem muito
pouca coisa, Ver.ª Séfora, que acaba sobrando para o Vereador poder legislar,
Ver. Bernardino. Eu enxergo o Projeto do Ver. Alberto Kopittke dizendo que dá
para se fazer aqui, entusiasticamente, uma defesa contrária, assim como eu
poderia fazer também, entusiasticamente, Ver. Cecchim, uma defesa favorável.
Eu quero dizer que eu entenderia o projeto do
Ver. Alberto como uma compilação de várias normas já existentes. Hoje pela
manhã nós tivemos uma reunião com o Vice-Prefeito Sebastião Melo, e ele mesmo
comentava que, na sua gestão como Presidente desta Casa, durante dois anos, ele
fez uma grande compilação de muitas legislações aqui, pois a compilação deixa
mais fácil e mais clara a legislação. Então eu fiz algumas considerações para o
Ver. Alberto: acho que a grande maioria das prerrogativas aqui colocadas são
compilações da legislação já existente.
Quero concordar aqui com o Ver. Valter quando
ele se manifestou sobre a questão do art. 3º, § 1º, que fala das reuniões
realizadas com o setor privado, que deverão ser públicas e acompanhadas de pelo
menos dois gestores, com a produção de uma ata sintética. Eu quero me somar
aqui ao Ver. Valter, inclusive estou propondo uma emenda supressiva desse item,
porque nós também não podemos criar, Ver. Mario, impedimentos para o gestor
produzir. Na verdade, um Secretário Municipal, hoje, ou um diretor, ou os
outros detentores aqui que a lei vai estar prevendo, atende 15, 20, 30
audiências por dia, e aqui estaria determinando que precisa sempre de uma
pessoa junto, que teria que fazer a ata sintética e que a reunião tem que ser
sempre pública. Então, eu estou fazendo uma emenda supressiva e também uma
emenda ao § 2º do mesmo art. 3º - quando falam aqui dos gestores públicos
municipais, da questão da agenda diária dos compromissos - para excetuar ali o
item 4, que são os demais detentores de Cargos em Comissão, porque, senão, cada
CC vai ter que publicar também a agenda pública dele. Porque eu entendo que com
o Prefeito, com o Vice-Prefeito, com os secretários de diretores, isso já
acontece. Se não acontece, tem que acontecer. Agora, claro, todos os chefes,
assessores ou quem tem Função Gratificada ter uma agenda pública, acho que até,
operacionalmente, vai dificultar, nós sabemos, não por ser CC ou por ter Gratificada;
agora, em relação ao servidor público de carreira, que tem menos coisa para
fazer, é o contrário.
O Sr. Alberto
Kopittke: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Cassio, o projeto,
obviamente, sempre vem a plenário para ser enriquecido pela experiência de
todos os colegas. Eu concordo plenamente e diria mais, inclusive estendendo
aqui uma ponte de diálogo com o Ver. Valter, independente de qualquer
divergência, que o art. 3.º realmente tenha endurecido demais, num objetivo bom,
mas de forma equivocada. Então, concordando com as suas propostas e, quem sabe,
até dialogando sobre todo o artigo, no sentido de que talvez ele tenha se
excedido na burocratização.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Perfeitamente,
lhe agradeço o aparte. Como eu havia dito, o regramento não pode vir para
atrapalhar, fazendo com que o gestor não tenha as condições de atender o povo.
O Sr. Reginaldo
Pujol: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu lhe agradeço o aparte.
Vereador, eu tenho ouvido, atenciosamente, a sua manifestação, e presumo pelo
aparte que agora ouvi do autor da matéria, que é possível uma conjunção de
esforços para salvar o projeto com os seus aspectos principais. Então, eu
autorizaria a negociar com o Ver. Kopittke esse caminho conciliador. A minha
intenção originária de votar contra pode se modificar a qualquer momento,
dentro de uma composição inteligente como essa que V. Exa. está propondo.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Perfeito.
Acredito que o Ver. Kopittke, da mesma forma que, prontamente, me ouviu, quando
fiz as minhas sugestões, esteja aberto às sugestões, Ver. Pujol.
A Sra. Lourdes
Sprenger:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) A proposta do Ver.
Kopittke é boa, relembrando muitos fatos, porém tem artigos que burocratizam,
como está sendo dito na tribuna pelos colegas que se manifestaram, mas se o
Vereador negociar, alterar ou rediscutir o Projeto, ele será passível de ser
aprovado, porque ele está de acordo com os tempos atuais, relembrar o que já
existe em termos de legislação.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Cassio Trogildo prossegue a sua
manifestação de discussão do PLCL nº 024/13, a partir deste momento, por
cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Obrigado,
Ver. Mario Fraga, e agradeço a Ver.ª Lourdes pelo aparte. Esse tema da ética,
que está tão em voga, se tem o código de ética dos servidores municipais, dos
funcionários do quadro de carreira, eu não vejo dificuldade nenhuma que os
gestores, aqueles que são transitórios, Ver. Bernardino, também a instituição
da questão da ética.
Não vejo que isso possa ter algum vício de
iniciativa, porque nós estamos legislando, aqui, para o próprio Município, para
aqueles que trabalham no Município, e que têm a sua transitoriedade.
Não vou ler todo o Projeto aqui, mas vou citar
algumas coisas que estão consolidando o que já existe na legislação. (Lê.): “O
processo licitatório deverá ser dado: I - publicidade, buscando a divulgação
plena dos certames e a pluralidade de fornecedores; II – transparência, com a
realização de encontros abertos ao público e a devida gravação de todas as
reuniões decisórias”. Eu não vejo problema nisso - a Lei nº 8.666 já tem parte
dessa previsão legal.
Então, o art. 5º, como os demais artigos, Ver.
Cecchim, que estão sendo propostos aqui, acho que não têm, fora isso que eu já
destaquei, algo que possa atrapalhar. Por exemplo, o art. 7º diz que os carros
oficiais somente serão utilizados em atividades ou eventos oficiais decorrentes
da função pública, ficando proibida a sua utilização em atividades
particulares. É lógico que isso já é proibido, mas, também, não gera nenhuma
dificuldade maior; está previsto, Ver. Comassetto, aqui no Código de Ética que
o Ver. Alberto Kopittke está propondo. Então, eu queria, com as mudanças que
estão sendo trabalhadas aí no plenário, pelo Ver. Alberto, encaminhar, em meu
nome e em nome da Bancada do PTB, para que nós possamos, sim, aprovar esse
Projeto de Lei, proposto pelo Ver. Alberto, que com certeza vai ajudar muito a
somar naquilo que nós estamos precisando neste momento na Administração
Pública. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, primeiro quero reagir de uma maneira tranquila e
não alterada como dois Vereadores aqui reagiram com o meu espanto, primeiro com
a agressão ao Partido dos Trabalhadores, gratuita, a classificação de soberba
por parte de um Vereador que tem trazido importantes contribuições a esse
Parlamento, Ver. Alberto Kopittke, que fez um esforço, um estudo para
regulamentar o que está previsto no Estatuto dos Funcionários Públicos, na Lei
Orgânica do Município, e um esforço no sentido de responder aos anseios da
sociedade, porque a nossa Prefeitura não está blindada dos problemas que o
Estado público brasileiro apresenta. Há um problema gravíssimo de um Estado que
é achacado na relação público privada pelo privado, para obter sobre lucro em
todas as relações, e, hoje, nós estamos vendo um Brasil que passa a limpo. E
quem vier aqui afirmar e inventar que o Partido dos Trabalhadores inventou a
corrupção, por favor, respeitem as nossas inteligências, porque sabem que a
partir do Governo Lula não teve mais engavetador geral na Presidência da
República; a partir do Governo Lula, doa a quem doer, começou a se investigar e
se dar cabo às investigações, se prender e recuperar dinheiro público, afastar
funcionário público, penalizar.
Também não gostaria de ouvir aqui Vereadores
exaltados, da mesma forma como eu ouvi o Ver. Nereu, sem fazer a própria culpa,
a mea culpa... O seu Presidente
nacional do partido era ministro da Presidente Dilma e teve que ser afastado, o
Ministro do Trabalho, com sérias acusações! Então que lógica é essa de vir a
esta tribuna quando nós estamos propondo, Ver. Alberto Kopittke, uma
regulamentação na forma de código ética municipal, na leitura que nós todos
devemos ter, de que o Estado brasileiro tem que construir mecanismos sérios,
graves, de investigação, de controle, sobre todos, sobre gestores eleitos, não
eleitos, sobre funcionários públicos, sobre cargos comissionados. E nós não
queremos burocratizar, Ver. Kopittke; essa reação não ajuda, porque acho que é
possível melhorar se em alguma medida tem uma burocratização excessiva. Nós
sabemos o quanto a burocratização retarda conquistas importantes; no entanto,
não acho um problema ter uma ata em uma reunião.
Quero dizer aos senhores que eu substituí o Prefeito Fortunati, em 2011, com muito orgulho, durante 13 dias. E, para a minha alegria e tranquilidade, as assessorias do Prefeito Fortunati, em todas as reuniões que eu fiz, tinha uma senhora que é muito maravilhosa e competente – não vou lembrar o seu nome agora –, que fazia uma ata a rigor de todas as reuniões. Isso era importante para quem era recebido, importante para mim, que substituía o Prefeito, importante para o interesse público, porque assim ficavam registradas as etapas, os compromissos, os encaminhamentos, publicizados ou não pelos que interessavam.
Eu quero aqui fazer uma defesa que nós temos
responsabilidade, também, aqui na nossa terra, porque vivemos questões
seriíssimas, como a da Procempa. A forma laissez-faire,
sem cuidado, sem burocracia, como a Procempa procedeu, conforme explicitado
aqui, em uma CPI realizada, é inaceitável, impressionante e assustadora.
Primeiro, se comprava; depois, se ajustava; comprava-se tudo de tudo que era
lugar. Não! Vamos ter que estabelecer algo um pouco mais rígido, porque ficou
comprovado e demonstrado o grande prejuízo que essa gestão sem cuidado, na
Procempa, trouxe aos nossos municipários. Agradeço, Presidente. Quero dizer que
vamos receber como uma contribuição do Vereador propositivo, sério, consequente
que a gente tem a alegria de tê-lo na nossa Bancada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo a Emenda nº 06, de autoria do Ver.
Cassio Trogildo, ao PLCL nº 024/13.
Apregoo o Requerimento de autoria do Ver. Cassio
Trogildo, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 06 ao PLCL nº 024/13 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/13.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, senhoras e senhores Vereadores, acho que a ideia da moralidade é
muito boa, Ver. Kopittke; V. Exa., certamente, cumpre com isso. E todos nós,
Vereadores de Porto Alegre, cumprimos com um código de ética que temos pela
vida. Aprendemos a ter ética na vida. Na minha casa, o meu pai nunca escreveu
um conselho que me deu, porque, certamente, ele achava que um pai, falando para
seu filho, o conselho não precisava ser escrito. Eu tentei seguir e tento até
hoje seguir os conselhos do meu pai, principalmente aqueles básicos: ser
honesto, ser bom trabalhador, obedecer às autoridades, respeitar as pessoas.
Essas coisas não se aprendem por lei; essas coisas se aprendem em casa, com a
família. A educação básica se aprende quando se começa a viver com os pais, com
os irmãos, com os tios, com o vovô, com a vovó. Aqui na Câmara também, quem
quer ser homem público deve trazer a ética como sua formação. Certamente, aqui
neste Projeto têm muitas coisas que estão escritas para lembrar a todos, não é
só para cobrar.
Eu conversava com o Ver. Kopittke. Ele está disposto a retirar uns artigos que estão aqui os quais foram colocados não por má-fé, mas estão exagerados, certamente. Há mais um, o art. 10 que diz assim (Lê.): “Ficam os gestores públicos municipais e os ocupantes de cargos em comissão ou de funções gratificadas obrigados a apresentar, anualmente, no prazo de 30 dias, contados do prazo final de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física, declaração de bens e direitos à Procuradoria Geral do Município, para análise e registro dos dados de evolução patrimonial”. Ora, se quiserem fiscalizar o quanto eu ganho na Câmara, está aberto! Agora, eu tenho uma empresa e não quero abrir esses dados para a Procuradoria, ainda mais que na nossa Procuradoria podem exercer advocacia fora da dela. Eu não quero entregar isso por lei, por escrito. O meu Imposto de Renda está à disposição de quem quiser – com autoridade para fazê-lo. Agora, eu não quero ser obrigado a entregar para a Procuradoria do Município analisar quanto eu ganho – honestamente, trabalhando –, até porque a Procuradoria do Município não se preocupa com quanto eu pago de imposto.
(Aparte antirregimental.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Exatamente,
Vereador, carregando pedra! Se ganha pouco, mas honestamente. Ver. Alberto
Kopittke, eu peço a V. Exa. que solicite a prorrogação da discussão por duas ou
três Sessões para que se possa fazer o ajuste desse projeto, para que não se
tenha vencidos nem vencedores, porque a ideia da ética, da moral e dos bons
costumes deve ser obrigação e não necessitaria de lei, mas vá lá que seja!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para discutir o PLCL nº 024/13.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Na verdade, meu objetivo maior é fazer um apelo
ao Ver. Alberto Kopittke para que ele peça adiamento, nos dando mais condições
de uma avaliação do seu projeto, e, com o que o Ver. Cecchim já falou, eu não
preciso fazer o meu pronunciamento. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Alberto Kopittke
(Requerimento): Sr. Presidente, o debate é muito enriquecedor, agradeço a
todos os colegas que trouxeram contribuições, acho importantíssimo, esse é o
papel do plenário e esse é o objetivo do projeto. Nesse sentido, requeiro o
adiamento da discussão do PLL nº 024/13 por duas Sessões, para que nós voltemos
a apreciar, estou absolutamente aberto para o enriquecimento do projeto, e que
a gente possa avaliar e aí, sim, aprovar ou derrotar, aqui no plenário.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Alberto Kopittke. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 01, de autoria da Ver.ª Jussara Cony e do Ver. João Derly, ao PLE nº 010/14.
Apregoo o Requerimento de autoria da Ver.ª
Jussara Cony, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 010/14 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0654/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 010/14,
que inclui o art. 58-A e revoga o parágrafo único do art. 57 da Lei nº 6.253,
de 11 de novembro de 1988 – que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários
do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), dispõe sobre o Plano de
Carreira e dá outras providências –, excluindo do rol de atividades perigosas
as exercidas pelos servidores detentores de cargo de provimento efetivo de
Guarda Municipal, atribuindo Gratificação de Risco de Vida a esses servidores e
dando outras providências
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela
aprovação do Projeto.
Parecer Conjunto:
- da CUTHAB e
CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 010/14. (Pausa.) A Ver.ª
Jussara Cony está com a palavra para discutir o PLE nº 010/14.
A SRA. JUSSARA
CONY:
Obrigada, Presidente, pelo aviso, mas eu confio na condução de V. Exa., com o
tempo que me é permitido. Em primeiro lugar, quero agradecer a presença do
Simpa, a presença dos guardas municipais, a presença das categorias envolvidas
nessa discussão que estão aqui acompanhando a nossa votação.
Por que nós colocamos esta emenda? Eu vou
procurar ser absolutamente didática, até porque ela foi discutida com o Simpa,
foi discutida com os guardas municipais e com a representação. A Prefeitura já
aprovou essa alteração do projeto como um todo, e das emendas que eu estou
apresentando, eu as estou apresentando exatamente por isso, para todos os
servidores centralizados da Administração Direta. Mas por uma questão legal, a
Prefeitura precisou enviar aqui para nós, para a Câmara Municipal, para a
correção do mesmo tema que prevê a adequação do termo “periculosidade” para
“risco de vida” aos servidores autárquicos. Então, eu vou discutir uma vez só,
porque temos uma emenda para cada projeto, e são três projetos: o do DLMU, que
é o de PLE nº 010/14; o do DMHAB, que é o de PLE nº 011/14; e o do DMAE, que é
o PLE nº 012/14.
As nossas emendas visam a garantir isonomia e
igualdade à categoria dos guardas municipais, primeiro, porque isonomia é um
direito dos trabalhadores. Isso é uma questão recorrente. Não só os
trabalhadores municipais, mas os estaduais e federais também lutam por isso. É
uma questão recorrente nas gestões e na luta dos trabalhadores. Espero que esta
Câmara vote favoravelmente a estas emendas porque visam a isso: a garantir
isonomia e igualdade aos guardas municipais.
E para a Prefeitura de Porto Alegre, para o
Líder do Governo, Ver. Ferronato – também chamo a atenção da representação
institucional da Prefeitura aqui na Câmara, o Gil Almeida – quero destacar que
isso não tem repercussão financeira; isso repercutirá na carreira, nos direitos
dos trabalhadores. Não tem nenhuma repercussão financeira. A isonomia tem que
ser olhada pelos gestores como um direito dos trabalhadores e por nós, também,
como legisladores, para que eles se sintam em igualdade de condições, porque a
função é a mesma, seja da Administração Centralizada, seja das autarquias. Sob
a ótica profissional, é a mesma função, são os mesmos riscos de vida; então,
não podemos tratar de modo diferente quem exerce a mesma função e corre os
mesmos riscos.
Tem outro dado que acho importante: o Congresso
Nacional está discutindo aposentadoria especial para os guardas. Se esse
projeto for aprovado no Congresso Nacional, os guardas das autarquias serão
prejudicados em dois anos a mais de trabalho ou em dois anos a menos para a sua
aposentadoria. É por isso que estamos trabalhando sob a ótica da isonomia.
E temos, também, o João Derly e eu, a Bancada do
PCdoB, e também o nosso colega Ver. Cleiton – temos que até trabalhar para
juntar estes projetos –, projetos de lei sobre aposentadoria especial da nossa
Guarda Municipal.
Então, eu quero que fique muito claro por que
estamos colocando estas emendas. Elas visam, Ver. Pedro Ruas, a garantir a
isonomia. A Prefeitura não se preocupou com isso e nós temos o dever de
corrigir. Assim, acho que fica muito claro que houve uma lacuna de isonomia
para a categoria dos guardas municipais, que exercem suas atividades vinculados
às entidades públicas municiais descentralizadas e que prestam um enorme
serviço - os nossos companheiros do DMLU, DEMHAB e DMAE.
Então, assim considerando, nós temos que levar
em conta inclusive esse princípio da impessoalidade e da isonomia, e
considerando que – repito – não vai acarretar repercussão financeira, propomos
que os efeitos dessa lei – é isso que a emenda propõe, as três emendas para os
três projetos, vou discutir de uma vez só – retroajam à data de vigência da Lei
nº 11.241/2012, para não ficar essa lacuna de dois anos prejudicando. O
trabalhador é o mesmo, as funções são as mesmas. Agora, não podemos prejudicar
os demais. As autarquias existem, são estratégicas para a gestão. É um direito
de todos, e a descentralizada já tem. Então, é uma correção de um direito dos
trabalhadores. A função é a mesma, não podemos diferenciar trabalhadores que
exercem, e muito bem, a mesma função!
Muito obrigada pela presença de vocês. Espero
que a Câmara vote e aprove por unanimidade essas emendas que visam a uma
correção em defesa dos direitos dos trabalhadores e também da gestão, porque os
trabalhadores poderão entrar na Justiça, com todo o direito que têm, para
garantir essa isonomia.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo a Emenda nº 01, de autoria da Ver.
Jussara Cony e do Ver. João Derly, ao PLE nº 010/14.
Apregoo o Requerimento de autoria da Ver.ª
Jussara Cony, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 010/14 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 01, de autoria da Ver.ª
Jussara Cony e do Ver. João Derly, ao PLE nº 011/14.
Apregoo o Requerimento de autoria da Ver.ª
Jussara Cony, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 011/14 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 01, de autoria da Ver.ª
Jussara Cony e do Ver. João Derly, ao PLE nº 012/14.
Apregoo o Requerimento de autoria da Ver.ª
Jussara Cony, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 012/14 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLE nº 010/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, venho aqui fazer uma manifestação de apoio, porque acredito que nós
estamos tratando, aqui, de um grupo de funcionários bastante estratégico na
Prefeitura de Porto Alegre. O fato de fazer a isonomia para garantir aos que
estão na autarquia, no DMLU, o mesmo tratamento dos demais guardas municipais é
uma questão óbvia, lógica, mas, principalmente, que a gente possa garantir que
seja ao mesmo tempo em que ocorreu a mudança e a conquista de vocês do risco de
vida. O tema do risco de vida é inerente à profissão, essa mudança vem
consagrar isso, se não os nossos guardas ficariam dependendo de laudo. E nós
sabemos, hoje, o que é a polêmica, por exemplo, na Saúde, sobre o tema da
insalubridade e os laudos, que, cada vez, há uma insegurança brutal colocada
sobre os funcionários na função, sendo tratados de forma desigual, em função de
laudos técnicos desiguais, exarados a cada momento diferente do tempo de vida,
de trabalho dos funcionários.
Estamos aqui apoiando a emenda que a Ver.ª
Jussara Cony e o Ver. João Derly estão apresentando, e eu queria sugerir que
todos os Vereadores assinassem, apoiassem, para não termos discussão com o
Executivo, Ver.ª Jussara, porque, aparentemente, seriam vícios de origem. Como
não há repercussão financeira, parece-me que sana, mas acho que, com a
assinatura de todos e do Líder de Governo, não teremos problemas e prejuízos no
sentido de voltar um veto. Acho que construir isso bem, Ver. Cecchim e Ver.
Airto, é muito importante para os guardas municipais. Essa retroatividade não
tem repercussão financeira, e nós não queremos correr o risco de o Prefeito
vetar por um olhar burocrático, de um vício de origem. Nós já tivemos,
infelizmente, situações, aqui, em que a Prefeitura vetou nesse sentido, mas
tivemos situações como o caso do DMAE, em que nós construímos uma emenda
discutida com o Governo, e a Prefeitura sancionou. No momento em que a
Prefeitura sanciona, ela resolve o problema do vício de origem. Então eu quero
me comprometer, aqui da tribuna, para que os funcionários, os nossos guardas,
não criem uma ilusão e depois a gente fique com problemas sérios para resolver
num outro projeto de lei, mediante um veto.
Quero aproveitar o tema dos nossos guardas
municipais para fazer dois registros, um deles é urgente: a retomada do
concurso da guarda municipal. No ano passado, tivemos o episódio do término do
concurso, no final do ano, em que infelizmente tínhamos quase uma centena de
guardas a serem nomeados, e houve uma opção política da Prefeitura de não
nomeá-los. Estamos com uma situação dramática nas escolas municipais, e vou
repetir, muito séria, situações de violências pontuais em vários lugares na
relação com a comunidade, familiar, de aluno, atingindo nossos professores. Por
mais que as nossas escolas façam um grande esforço de estarem abertas à
comunidade e integradas à comunidade, para nós, a figura do guarda na escola é
essencial, o guarda educador, o guarda permanente, o guarda que constrói as
políticas de segurança junto com as escolas e com os alunos. Nós já temos o
prejuízo de estarmos há um ano sem concurso em vigor, portanto, sem
substituição de guarda municipal que se aposenta ou que se retira por algum
motivo, e isso é inaceitável, Ver.ª Lourdes. É urgente que a Prefeitura faça um
novo concurso e que consiga, enquanto não faz este concurso, redimensionar as
ações dos atuais guardas municipais. Para nós a prioridade absoluta é o serviço
público que é atendido lá na ponta; não são os prédios, são os nossos
funcionários públicos da Saúde e da Educação, em especial. Não é que os demais
não precisem, mas a Saúde, a Educação e a Assistência Social, Ver.ª Jussara,
estão na periferia e estão juntos com a população enfrentando o problema da
violência, e, precisam, sim, que o seu serviço seja garantido pela Guarda
Municipal. É muito justo, é muito necessária a mudança para risco de vida
também por isso; se o guarda só por ser guarda, por usar a farda, merece risco
de vida, vocês imaginem a falta que ele faz na frente do nosso serviço público.
Quero valorizar neste sentido e chamar a atenção de que precisamos concurso
público urgente para a Guarda Municipal.
Uso estes 20 segundos finais para dizer que na
semana passada eu não estava nesta Casa, pois estava na Conferência Nacional da
Educação, a partir da quarta-feira, e ainda vou pedir um tempo fora da Ordem do
Dia para prestar contas. Fui sem ônus nenhum para a Câmara ou para a Cidade,
porque era delegada pelas Conferências Municipais e Estaduais. Foi um debate de
2.600 delegados do Brasil inteiro, um debate muito importante para os rumos da
educação brasileira, para a regulamentação da educação, mas estou apoiando os
municipários e a ação da Prefeitura no sentido de garantir os direitos do seu
salário integral e a sua carreira, e queremos votar a moção na semana que vem
para mandar para o STF e o STJ. Então, toda força aos municipários.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLE nº 010/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu
caro Presidente Mauro, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores
que estão conosco na tarde de hoje, este assunto já vem sendo discutido de
longo tempo, a questão do risco de vida e a questão da periculosidade aqui no
Município de Porto Alegre. Lá em 2012 a Câmara aprovou a periculosidade para os
guardas municipais que atuam na Administração Direta, e naquela oportunidade
não se inseriu no projeto os guardas municipais que atuam nas autarquias, na
Administração Indireta, e estamos votando hoje. Hoje, sem custos para o
Município, acertamos com o projeto, que é do Executivo, a questão do risco de
vida e acertamos a questão inclusive funcional destes nossos colegas servidores
que atuam na função da Guarda Municipal. Nós vamos votar favoravelmente ao
projeto, claro, todos nós, porque o projeto tem esta função. E existe mais, a
questão da Emenda que a Ver.ª Jussara Cony encaminhou, e eu confesso que também
tinha recebido o pedido para encaminhar a mesma Emenda. Não havia encaminhado,
até porque antes de encaminhar, como Líder do Governo, eu tenho o dever ético,
de lealdade, de conversar com o Executivo.
A nossa posição é favorável a todas as emendas.
E estou aqui pedindo para que a base do Governo vote favorável às emendas,
porque com isso nós equiparamos as datas que essas atribuições entram em vigor:
no Executivo, na Administração Direta, em abril de 2012, e no Executivo, na
Administração Indireta também em abril de 2012. Com isso, nós equiparamos as
normas, os efeitos e tudo aquilo que decorre dessa aprovação.
Quero dizer a vocês que estão conosco e que
estão defendendo as emendas que esta também é a posição do Governo do Município
de Porto Alegre. É por isso que nós estamos aqui para dizer que as emendas
acertam, melhoram ou aprimoram e levam lá para 2012 os efeitos desta lei.
Portanto, quero aqui, em meu nome e em nome do Governo, pedir a aprovação do
projeto e das emendas respectivas a cada projeto. Um abraço a todos! Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLE nº 010/14.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu fico feliz quando o Governo
Municipal chama a oposição para construir as emendas. Fico feliz, Ver.
Ferronato, porque é uma posição clara do nosso Executivo, um Governo que quer
realmente construir faz isso; faz, com a oposição, uma emenda para conformar
aquilo que foi combinado. Por isso, queria cumprimentar o Prefeito Fortunati, o
Vice-Prefeito Sebastião Melo, e todos os Vereadores, e dizer que eu vou votar
nesse projeto, convencido que fui pelo Governo Municipal. Apenas queria fazer
um registro: a fiscalização de ambulantes pela SMIC, que enfrenta verdadeiras
máfias, que vai às casas noturnas perigosas, nos comércios perigosos durante a
noite e nos finais de semana, precisa também ter esse reconhecimento. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
discutir o PLE nº 010/14.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que
nos assiste nas galerias, também, logicamente, vou falar sobre o conjunto dos
três projetos e fazer o encaminhamento em nome da Bancada de PTB, pela
aprovação dos três projetos, das três autarquias, como já foi dito aqui
anteriormente. Trata-se da correção de um apontamento que o próprio Tribunal de
Contas já fez, que já foi corrido na administração centralizada e que faltou
nos três Departamentos. Quero também aqui encaminhar favoravelmente à
retroatividade, até porque ela não tem repercussão. A Verª Jussara tem o mérito
de ter apresentado a Emenda, mas quero aqui reforças altas habilidades palavras
do nosso companheiro Ferronato, que estava na Liderança do Governo, quando o
Governo já havia solicitado a ele que fizesse a Emenda. Então, está plenamente
contemplada através da apresentação da Verª Jussara, mas já era uma decisão
tomada por parte do Executivo a retroatividade a 2012, até porque não tem
repercussão e corrige desde o momento do apontamento. Quero aproveitar aqui,
mesmo não sendo sobre esse tema, também dizer aos guardas municipais que hoje
teve a redação final na Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de
autoria deste Vereador, que trata da isenção no transporte coletivo de ônibus
de Porto Alegre também para a guarda municipal. Então, em breve teremos o
encaminhamento para o Executivo e contamos que o Prefeito Fortunati possa
sancionar o mais rápido possível para que os guardas municipais e os soldados
da Brigada Militar possam utilizar o transporte coletivo de ônibus sem a
necessidade de utilização da farda. Muito obrigado e um bom trabalho.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLE nº 010/14.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, antes de iniciar a minha manifestação, eu peço a informação a V.
Exa., se é este o projeto com relação ao DMLU e se temos depois idêntica
situação com relação ao DMAE e o DEMHAB. Correto?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Correto, Vereador.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Eu
acho que esta discussão que está
ocorrendo aqui é altamente positiva na medida em que nós estamos construindo os
três projetos, porque é tudo igual. Inclusive, o Governo, que é o autor dessa
matéria, sente-se muito prestigiado pelas circunstâncias de que tenha merecido
uma Emenda da Ver.ª Jussara Cony, que é uma Vereadora de posição política diferente
da nossa, mas com uma tradição de respeitabilidade nesta Casa, com propostas
sérias, que não são, de modo algum, maculadas por um viés ideológico. Então,
Ver.ª Jussara, eu quero antecipar que nós haveremos de acompanhar a votação,
não só aprovando o projeto, mas também aprovando a emenda que V. Exa.
apresentou. O Município, o Governo Municipal cumpre rigorosamente com dois
mandamentos da administração: primeiro, de acatar as decisões judiciais;
segundo, de adequar a legislação vigente a algumas situações que, ao longo do
tempo, tenham se mostrado inadequadas. É o caso concreto deste projeto, será o
caso dos próximos projetos, e estou autorizado pelo Líder, Ver. Airto
Ferronato, de dizer que o Governo tem, por óbvio, o maior interesse na votação,
o mais breve possível, dessas proposições, não só deste projeto, que se refere
ao DMLU, como nos outros dois, que se referem ao DMAE e ao DEMHAB ou
vice-versa, o DEMHAB ia ao DMAE. Todos eles na mesma linha, e acredito que
todos eles com uma emenda semelhante a essa que a Ver.ª Jussara Cony
apresentou, e que tem o nosso mais amplo apoio, porque nós não discriminamos em
termos de posições político-partidárias. As boas contribuições, as boas
propostas serão sempre acolhidas pela base governamental e, sobretudo, pelo
próprio Governo, que não terá a menor dificuldade de, em sancionando as leis,
incluir essa colaboração da Ver.ª Jussara Cony. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o PLE nº 010/14. (Pausa.) O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 010/14.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras; eu venho aqui em nome da Bancada
do Partido dos Trabalhadores. Esse projeto é de origem do Executivo, e, diga-se
de passagem, é uma correção de um projeto já existente, em que houve uma falha,
e isso vem ocasionando prejuízos aos nossos Guardas, às pessoas que defendem o
patrimônio no dia a dia.
São três projetos na sequência, que dizem
respeito à atividade dos trabalhadores municipais, ao ganho e à regularização
de um equívoco. Esta Casa não pode esquecer, Ver. Brasinha, que tem o efeito
cascata, que está em debate. O funcionalismo esteve aqui nesta Casa na semana
passada, e nada foi resolvido ainda. Nós nos colocamos à disposição e temos o
entendimento de que esta Câmara deveria estar permanentemente em negociação com
todas as Bancadas porque é complexo, e a Prefeitura não pode parar e o
funcionalismo não pode parar e muito menos ter uma perda de aproximadamente 30%
nos seus salários agora, nesse período de final de ano, de décimo terceiro,
festas e assim por diante. Não é só por esse momento festivo, mas esse é um
direito adquirido.
E quanto ao direito adquirido que a Ver.ª
Jussara resgata aqui no Projeto - que seja reconhecida a retroatividade -,
temos acordo, e eu quero aqui cumprimentar o Ver. Ferronato, na liderança do
Governo, por reconhecer essa construção e corrigir essa lacuna. E, Ver.
Cecchim, esse é o papel da oposição, e sempre fizemos este papel, o de
identificar que há lacunas e apresentar sugestões.
Quando há o diálogo, a Cidade ganha, os projetos
ganham, o funcionalismo ganha, e nós, logo, logo, viremos aqui, na votação não
só desse Projeto como dos outros dois, o do DEMHAB e o do DMLU, para dizer que
também votaremos favoravelmente para, logo, logo, entrarmos na questão do
Orçamento.
Chamo a atenção de todos os nossos visitantes
para se manterem aqui, porque um dos principais momentos do Legislativo é a
discussão e votação da Lei Orçamentária.
Muito obrigado e um grande abraço! O Partido dos
Trabalhadores votará favoravelmente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 010/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLE nº 010/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0655/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/14,
que inclui o art. 60-A e revoga o parágrafo único do art. 59 da Lei nº 6.310,
de 28 de dezembro de 1988 – que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários
do Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), dispõe sobre o Plano de
Carreira e dá outras providências –, excluindo do rol de atividades perigosas
as exercidas pelos servidores detentores de cargo de provimento efetivo de
Guarda Municipal, atribuindo Gratificação de Risco de Vida a esses servidores e
dando outras providências
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela:
pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela
aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Mario Fraga: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 18-08-14.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº 011/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLE nº 011/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0656/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 012/14,
que inclui o art. 55-A e revoga o parágrafo único do art. 54 da Lei nº 6.203,
de 3 de outubro de 1988 – que estabelece o Plano Classificado de Cargos dos
Funcionários do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), dispõe sobre o
Plano de Carreira e dá outras providências –, excluindo do rol de atividades
perigosas as exercidas pelos servidores detentores de cargo de provimento
efetivo de Guarda Municipal, atribuindo Gratificação de Risco de Vida a esses
servidores e dando outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela
aprovação do Projeto.
Parecer Conjunto:
- da CUTHAB e
CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº 012/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. (Pausa.) Em votação a Emenda nº 01. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLE nº 012/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO
- VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 100/14 – (Proc. nº 2630/14 – Ver. Pedro Ruas e Verª Fernanda Melchionna) – requer Moção de Repúdio à entrada do americano
Julien Blanc no Brasil.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 100/14. (Pausa.) A
Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 100/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Ver.
Mauro Pinheiro, Vereadores, Vereadoras, falo em meu nome e em nome do nosso
companheiro, Ver. Pedro Ruas, e da Tainá, que nos ajudou muito nessa pesquisa,
e que, como mulher e feminista, também se indignou com as coisas que esse
Julien Blanc faz pelo mundo. Todos sabem que ele tentou visto para o Brasil
para fazer uma palestra que incentiva a violência e o estupro contra as
mulheres - duas palestras, me recorda o Ver. Pedro Ruas -, e nós apresentamos
essa Moção porque não é muito divulgado, Ver.ª Sofia, que o Itamaraty negaria o
visto para o palestrante, mas concederia o visto de turista, o que, obviamente,
uma vez que a pessoa entra no Brasil com o visto de turista, torna muito
difícil o controle de se ele vai ou não fazer palestras. Eu entendo que alguém
que promove a intolerância e fomenta a violência contra as mulheres nem como
turista tem que entrar no Brasil. Nós não aceitamos que venha esse suíço dizer
para os seus clientes como reverter a situação quando mulheres dizem não as
investidas sexuais e quais seriam os métodos para ativar as prostitutas que
existem dentro delas. Nós não aceitamos que ele venha nem como turista, Ver.ª
Jussara Cony, que me pediu para falar em nome dela também - eu falo, com
certeza, em nome da Ver.ª Jussara Cony, em nome da sua Bancada -, para dizer
como investir na paquera, como conquistar as mulheres, como embebedar as
mulheres para que elas sejam presas, vítimas fáceis – essas são palavras
utilizadas pelo Julien Blanc, e não por nós, Ver. Pedro Ruas. E nós, num país
que tem uma média de um estupro a cada dez minutos, segundo o Anuário
Brasileiro de Segurança Pública, que notificou 50.320 notificações, dentre as
quais constam mais de 143 mil mulheres estupradas no ano de 2013, não queremos
que venha um machista, um fomentador da violência sexual, fazer aumentar esse
número de mulheres vítimas da violência, estupradas, violentadas. Nós não
aceitamos nem o visto de turista, porque gente que faz esse tipo de coisa tem
que estar respondendo criminalmente e penalmente pelo crime de incitar os
estupros, e não entrando como turista, que seja, para desfrutar das nossas
belas praias. Não pode entrar no Brasil e merece ser repudiado pela Câmara de
Vereadores de Porto Alegre!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a Bancada do Partido dos
Trabalhadores apoia integralmente a Moção para que se impeça a entrada desse
sujeito no Brasil – e o Itamaraty já se manifestou nesse sentido. Os Vers.
Kopittke, Comassetto, Sgarbossa e Mauro Pinheiro, os nossos quatro homens, são,
sim, homens feministas e têm noção da gravidade desse tipo de aula, de
ensinamento, de senso comum, de reprodução desse perfil machista através de
aulas, de site e de posturas como
esse Sr. Julien tem demonstrado. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil
já instruiu as suas representações democráticas e consulares no exterior a
consultar Brasília sobre eventual pedido de visto do Sr. Julien Blanc. Até o
momento não há registro desse pedido; caso seja solicitado o visto ou recebido
o pedido por qualquer consulado ou embaixada no exterior, já existem elementos
suficientes que recomendam a denegação. Para tanto, o Itamaraty acompanha o
assunto em coordenação com o Ministério da Justiça e a Secretaria de Políticas
para as Mulheres. Essa é a informação do Itamaraty em nota oficial.
Também quero trazer alguns elementos que
a Fernanda já trouxe, mas é que nos impressiona que ainda exista esse tipo de
evento. Esse senhor é conhecido por ministrar um curso chamado Pimp, uma gíria americana que significa
“cafetão”. Em vídeos publicados no YouTube, o
americano orienta os participantes de suas palestras a usarem a força e até
mesmo a violência física para conseguir sexo. Os que se manifestam pelo
abaixo-assinado declaram que vetar a entrada de Blanc no país é fundamental no
combate à violência contra as mulheres.
Acho que é importante dizer
que ele já teve seu visto cancelado e foi extraditado da Austrália e dos
Estados Unidos. Ele teve eventos cancelados em diversos países, porque as suas
aulas ensinam os homens a pegar as mulheres, exaltam a cultura do estupro, dos
crimes de agressão emocional e física contra mulheres, do racismo e do profundo
desrespeito pelas mulheres.
Eu quero chamar a atenção que a
mobilização das redes sociais é que está maravilhosa. É uma mobilização que reúne
centenas de milhares de assinaturas, seja na petição pública, seja no Facebook.
Isso, para mim, é o sentido da esperança neste Brasil. Infelizmente, quando
ainda vemos manifestações gravíssimas de homofobia, de violência, de
intolerância, lamentavelmente, um Congresso Nacional, que não deixa passar
referências à livre opção sexual em livro didático, que impediu a circulação de
cartilhas, para que os nossos professores possam lidar com tranquilidade com a
livre manifestação sexual, um Congresso Nacional que tem reeleito
representantes do moralismo, da violência, da intolerância, da
incapacidade de respeitar a diversidade, desonra o Brasil. E, no entanto, a
gente tem a manifestação de centenas de milhares de pessoas que são contrárias
à entrada de um sujeito como esse.
Então, eu quero dizer aqui que nós apoiamos a
Moção, que o nosso Governo jamais vai compactuar com um cidadão desses, e,
principalmente, que o nosso Congresso não está à altura da nossa maravilhosa
cidadania que se expressa na Internet, nas redes sociais, e que teve escuta do
Governo Federal, que terá, com certeza, apoio do nosso Governo, para impedir
esse tipo de sujeito: machista, sexista, autoritário e preconceituoso. Então,
todo apoio à Moção, às mulheres brasileiras.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Professor Garcia reassume a presidência
dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; Ver. Brasinha, este assunto
é um assunto importante. Eu imaginei que, como tem ministra que cuida desse
assunto, como tem secretaria que cuida desse assunto aqui no Rio Grande do Sul,
já tivesse sido tomada alguma providência, com a entrada desse tipo de gente,
para fazer apologia à sacanagem. Esse é o nome. Isso é apologia à sacanagem;
esse senhor que se acha Don Juan. De Don Juan não tem nada; ele é um
aproveitador! Agora, por que nós temos um Ministério e uma Secretaria de Estado
para cuidar desses assuntos, teoricamente para proteger as mulheres, a
reputação das mulheres brasileiras, para proteger a fragilidade das mulheres?
Mas não. Eu vi um silêncio total da Ministra e da Secretária do partido da
Ver.ª Sofia Cavedon. Um silêncio total!
Por isso, Ver.ª Fernanda, Ver. Pedro, veio em
boa hora esta Moção, votarei a favor. Gostaria que essa Secretaria e a Ministra
da Presidente Dilma, que cuida desses assuntos, na próxima vez, fique mais
atenta a esses assuntos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14.
O SR. NEREU
D'AVILA: Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, Ver.
Pedro Ruas e Ver.ª Melchionna, antes de qualquer coisa, se em outra ocasião não
puder fazê-lo, Pedro Ruas, meu amigo de muitos anos, ilustre Deputado deste
Estado, quero saudá-lo pela sua ascenção a Deputado e pela trajetória que o
amigo terá na Assembleia, tão brilhante quanto aqui na Câmara. Eu posso
afiançar, porque conheço V. Exa. muito bem como pessoa, como político de muitos
anos, desde o tempo em que militava conosco no PDT, mas não perdeu nada da sua
autenticidade. Ver. Pedro Ruas. Leve para Assembleia o mesmo idealismo e a
mesma luta que teve nesta Casa.
Ver.ª Melchionna, também quero saudá-la por essa
iniciativa dos Vereadores do PSOL, uma iniciativa oportuna em hora e momento
oportunos. Nós temos que cerrar fileiras, todos, porque o que nós lemos nos
jornais, o que nós vimos, o que nós assistimos na TV de violências contra as
minorias... E as mulheres não fogem dessa regra, é uma vergonha, é algo que nos
enrubesce e nos entristece como ser humano, para não falar em direitos humanos,
mas como pessoa humana. Trazer um sujeito desses para cá, apregoando como se
canta mulheres, como se precisasse nos ensinar como devemos tratar as nossas
mulheres. Nós sabemos tratá-las sim, bem, como elas merecem, pois elas são
dignas do nosso afeto, a partir das nossas mães, a partir das nossas
companheiras, que nos ajudam nas nossas vidas, que nos impulsionam, que estão
sempre do nosso lado nas horas difíceis. Eu, que passei por alguns problemas de
saúde há poucos dias, tive, na minha companheira e nas mulheres do Instituto de
Cardiologia, um atendimento de excelência, não só como ser humano, como pessoa,
mas com competência do tratamento. E não foi só para mim, evidentemente, não
interessava lá se era isso, se era aquilo, se deixava de ser, eram todos
tratados muito bem e com muito carinho dessas pessoas. Quero traduzir daqui ao
Instituto de Cardiologia, orgulho do Rio Grande do Sul. Lá é Primeiro Mundo! E
– repito – lá não tem Vereador, não tem Deputado, não tem isso, não tem aquilo.
O Collares estava lá e era tratado tão bem quanto qualquer um que chegasse lá –
e é ex-Governador. Ou seja, o Instituto de Cardiologia é um orgulho para nós. E
eu posso atestar, porque recebi um tratamento de ouro, um tratamento
maravilhoso do corpo de médicos, de enfermeiros, de atendentes, enfim, de
todos, e, particularmente, das mulheres enfermeiras, com o carinho com que elas
nos tratam.
Essa proposta de não deixar chegar no Brasil, de
não deixar entrar – porque o Brasil já está cheio de vigaristas –, e trazer
mais um monstrinho para o Brasil, é muita coisa! Eu acho que a proposta é
exatamente no momento oportuno, e a Câmara vai votar por unanimidade, porque eu
conheço – apesar de nossas divergências – o caráter humanitário desta Casa,
independente das ideologias das diversas Bancadas. Nós não precisamos desse
tipo de currículo aqui no Brasil, não precisamos de lições também nos
tratamentos que devemos ter, ainda mais lições desse teor, lições com
desrespeito, a tal ponto de a imprensa publicar essa monstruosidade de forçar a
mulher a tais e tais atos. Um desrespeito só na citação desse gesto em relação
a elas! E nós, graças a Deus, não temos! Nós temos a noção de respeito, a noção
de fidalguia com as nossas companheiras e com as mulheres, em geral, de
qualquer nível social. Não importa a raça, não importa a cor, não importa o
tamanho, não importa a estatura, não importa nada em relação às mulheres como
gênero. Importa, sim, que nós temos por elas afeto, respeito, não só em níveis
de maternidade, em níveis de companheirismo, em níveis de coleguismo, enfim, em
todos os níveis. Nós vicejamos – graças a Deus –, nessa hora, no respeito a
todas elas. Portanto, nós repudiamos a entrada desse tipo de gente! Nós já
temos aqui os nossos monstrinhos, vamos deixar esses que fiquem para lá, muito
longe daqui! Vamos tratar dos daqui e tratar de cada vez mais ter educação,
mais respeito, mais amor e mais carinho para com as nossas mulheres. Parabéns à
Bancada do PSOL por trazer essa oportuna iniciativa! A Câmara também nesses
assuntos tem que se manifestar, sim, incisivamente! São os pequenos assuntos
que dão as grandes causas e, principalmente, em relação, neste momento, à nossa
luta em favor do direito e do respeito às nossas mulheres. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14, pela oposição.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, em nome dos Partidos da
oposição, cumprimento a Fernanda Melchionna, autora da Moção; a Ver.ª Jussara
Cony, do PCdoB; e a Ver.ª Sofia Cavedon, do PT.
Este não é um tema de disputa partidária, mas de
defesa universal dos direitos da humanidade, da postura da humanidade. Não
podemos aceitar que este indivíduo, Julian Blanc, venha ao Brasil fazer a
apologia de uma postura desrespeitosa à humanidade, desrespeitando as mulheres
e não tendo civilidade, quando todos buscamos uma sociedade igualitária entre
homens e mulheres e lutamos contra a discriminação racial e as intolerâncias
religiosas. Não podemos aceitar que um cidadão europeu, que vive nos Estados
Unidos, faça uma escola para incentivar os jovens a maltratar e a desconsiderar
a postura e o respeito que as mulheres merecem de todos.
Venho à tribuna, em nome do meu Partido, e
queria dizer ao Ver. Cecchim que este tema não é partidário, mas é da Nação, do
Estado e do Município. O senhor está desinformado, Ver. Cecchim. A Secretária
Estadual Ariana Leitão enfrentou este debate em todas as rádios da Capital e do
Estado do Rio Grande do Sul. O Governo do Estado emitiu nota oficialmente,
assim como a Presidência da República, através da nossa grande Presidente
Dilma, que não aceita esse tipo de postura, e o Itamaraty também não. Portanto,
a moção apresentada aqui pela nossa colega Ver.ª Fernanda Melchionna e pelo
Ver. Pedro Ruas vem ao encontro da maneira como o País já vem tratando esse
caso, legalmente e institucionalmente. Então, tem todo o nosso apoio. E digo
mais: precisamos pegar esta moção, Ver. Pedro Ruas e Ver.ª Fernanda Melchionna,
aqui, onde está colocado “para quem endereçar” e endereçar para todas as
escolas públicas municipais e para todas s escolas estaduais, para que a nossa
juventude saiba que existem na humanidade ainda cidadãos como este, o Julien Blanc,
que tem essa postura, Ver. Idenir Cecchim.
Então, primeiro, queria registrar que esta é uma
postura oficial da Nação brasileira, do Estado do Rio Grande do Sul e, agora, a
tornamos oficial no Município de Porto Alegre através desta moção. Então, os Partidos
de oposição – PT e PCdoB – sentem-se muito gratos por estarem apoiando e
construindo, juntos, a defesa. Esse é um passo que queremos em direção à
humanidade. Não precisamos daqueles que não constituem civilidade. Muito
obrigado. Um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14, pelo Governo.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu quero apoiar a moção e dizer que, com relação
a alguém que tem uma agenda como essa, que se designa coaching, treinador de homens, dando formas de conquistar mulheres
e justificando inclusive a violência como ferramenta, como meio dessa
conquista, precisamos, de fato, repudiar esse tipo de atitude. Mais do que
isso, precisamos lembrar que nações democráticas já precedem uma medida de
banimento dessa pessoa. Ele foi banido de três países, eu estou me lembrando de
dois aqui: Reino Unido e Austrália. Ele já não pode mais, Ver. Pedro Ruas,
entrar nesses países. Parece-me que Cingapura é o terceiro país. Portanto, de
fato, é uma pessoa que, pela sua atitude, pela sua forma, pela sua ação,
merece, de todos nós, democratas, repúdio.
A única questão que eu venho fazer uma observação,
por um dever até de consciência, é que nessas questões de repudiar, de não
aceitar no nosso País pessoas que têm uma agenda de violência, nós temos que
nos lembrar que, recentemente, o atual Governador do Estado deu a condição de
refugiado ao Sr. Cesare Battisti, que foi condenado na Itália. A condição de
refugiado é possível, do ponto de vista técnico e jurídico, de se reconhecer
àqueles países onde não existe um sistema jurídico firme, forte, independente e
consolidado. Notadamente não é o caso da Itália. O Sr. Cesare Battisti, na
Itália, foi objeto do devido processo legal, com possibilidade de exercer todas
as faculdades do devido processo legal, e foi condenado. Por um vício
ideológico, o Sr. Cesare Battisti recebeu, do então Ministro da Justiça, hoje
Governador do Estado do Rio Grande do Sul, a condição de refugiado e pôde vir
para o Brasil.
Eu estava na Terra Santa, há 15 dias, Ver. Pedro
Ruas, e assisti, com muita tristeza, porque estava em Jerusalém, a um
atropelamento de 15 pessoas numa parada de ônibus. Uma pessoa pegou uma van, atropelou essas 15 pessoas, matando
um bebê – a cena é terrível, é chocante, porque é uma van, um carro grande que arrasta o bebê – e um jovem que não era
sequer judeu, era druso, porque Israel é um país composto por quatro principais
etnias, que são os judeus, obviamente, os árabes, que compõem 1/3 da população,
os drusos e os nômades, que vivem, até hoje, de forma nômade. Para minha
surpresa, quem reivindicou a autoria daquele atentado e do atentado que se
seguiu na próxima semana, quando dois terroristas invadiram – e foi condenado,
inclusive, pelo Papa Francisco – com machadinhas e facões, uma sinagoga e
mataram pessoas que oravam. Até houve escritos a respeito disso, porque, essas
pessoas que estão em situação de oração estão, na verdade, dirigindo seus
pensamentos a Deus. Então atacar alguém que está rezando é um crime de extrema
covardia, e essas pessoas se assumiram como um grupo militante Frente Popular
pela Libertação da Palestina, Ver. Pedro Ruas, que foi recebido aqui,
infelizmente, pelo PSOL, no Fórum. Eu já disse mais de uma vez aqui: sou um que
advogo dois povos, dois Estados, duas Nações, vivendo de forma harmônica e
respeitosa. Desejo profundamente isso, agora, não posso deixar de reconhecer
que essas pessoas foram recebidas... O grupo Frente Popular pela Libertação da
Palestina foi recebido, com honras, com pompa e circunstância, grupo que
reivindica, sem nenhum pudor, a autoria de atentados terroristas. Quero dizer
que aí há uma linha que nos divide: eu vou apoiar a Emenda que está proposta
pelo PSOL, porque eu acho que é uma Emenda de natureza democrática, nós
precisamos repudiar, mas o que eu gostaria sempre, de todos nós, é que
tivéssemos capacidade de enxergar sempre com os dois olhos, e repudiar as coisas
que nos aviltam, nos ofendem no que diga respeito a uma visão que nós possamos
identificar de direita, e que possamos também repudiar coisas que aviltem e
ofendam o sentido de humanidade, quando essas coisas eventualmente venham
também pelo lado esquerdo. Eu o cumprimento pela iniciativa, mas fica este
preito de que possamos fazer esse tipo de reflexão pelo caráter de justiça,
para que, para frente, não tenhamos uma atitude que seja sempre parcial. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Professor Garcia): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14.
O SR. PEDRO
RUAS: Professor
Garcia, ilustre Vereador, Vereadoras e Vereadores, público que nos assiste, o
Ver. Valter Nagelstein, mesmo quando vem apoiar a medida, e eu acredito
sinceramente que apoie, ele cria uma circunstância para agredir alguém. É uma
característica. O que é que tem a ver aquele tema – e eu desconheço essa
recepção pelo PSOL – com este tema tratado aqui? Não tem nada a ver. Tem a ver
a provocação que o Ver. Valter Nagelstein faz sistematicamente a qualquer setor
de esquerda, particularmente ao PSOL, Ver.ª Fernanda Melchionna.
Sistematicamente! Então, eu poderia dizer que o Ver. Valter Nagelstein nunca se
manifestou contra qualquer das mortes promovidas pelo Estado de Israel, não
pelo povo judeu. Nós, do PSOL, advogamos, sim, pela existência de dois estados.
Sempre advogamos! E repudiamos atos terroristas! Mas não lembro de ver aqui V.
Exa. falar sobre qualquer outro ato terrorista, ou morte, ou violência
praticado pela direita. Nunca vi V. Exa. dizer isso! Agora, numa Moção como
esta em relação ao Julien Blanc, o Ver. Valter Nagelstein vir atacar o PSOL é
uma provocação! Claro que é, Vereador! Com certeza. E nós não vamos ficar
calados. Nós não apoiamos nenhum ato terrorista. Agora, nós lutamos, sim, pelos
direitos dos palestinos e temos orgulho disso! Lutamos pelas duas nações, pela
coexistência pacífica, e temos orgulho disso! Denunciamos, sim, quando houve o
genocídio de palestinos e vamos denunciar sempre. E não apoiamos atos
terroristas de retaliação nem atos que sejam praticados por palestinos e que
sejam violentos. Nós não apoiamos! Então, isso não é verdade!
Por isso, quero deixar bem claro que nós estamos votando uma Moção em relação a Julien Blanc e que houve uma provocação indevida ao PSOL, que o Ver. Valter Nagelstein fez baseado num critério que é dele, particular. Posso até respeitar, mas jamais concordarei com a provocação sem sentido que foi feita!
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Valter Nagelstein:
Sr.
Presidente, eu só quero lembrar, entre outras coisas, que eu votei a favor da
Av. da Democracia e da Legalidade. Então, a minha postura – mais uma vez, vou
reiterar – não é de esquerda ou de direita; é uma postura pelo direito e pela
verdade. Muito obrigado.
O Sr. Pedro Ruas: Eu confirmo que
o Vereador votou a favor da Av. da Democracia e da Legalidade e, em 2011, votou
contra.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 100/14.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, há poucos momentos, uma
pessoa que visitava aqui a Casa me perguntava se eu julgava relevante nós
estarmos, nesta hora e neste dia, discutindo esta Moção de Repúdio à presença
desse cidadão no território nacional. Eu disse a ele o seguinte: nesta Casa
tudo se discute, e a relevância dos assuntos é muito difícil de a gente
aquilatar, na medida em que para cada um há um enfoque diferente da matéria.
Eu, sinceramente, quero dizer só que estranho a grande repercussão nacional que
a mídia brasileira deu à presença deste cidadão no País. Para mim,
simplesmente, uma figura ridícula, ridícula. Ver. Guilherme Socias Villela, lá
em Uruguaiana e Quaraí a gente iria dizer o seguinte: “Cão que muito ladra, não
morde.” Eu tenho direito até de duvidar da virilidade desse cidadão, tamanho o marketing que ele faz em função de
eventuais qualidades que ele teria, porque, quem as tem, utiliza na devida
oportunidade. Por isso, Ver. Valter Nagelstein, eu tenho aqui na Casa algumas
situações muito exemplares, eu vou perder, dentro em breve, um antagonista de
30 anos, o Ver. Pedro Ruas; pelas suas posições políticas nunca, dificilmente,
nos somamos. Lamentavelmente, não vou perder V. Exa., que também se preparou
para chegar na Assembleia Legislativa do Estado e, por um desses equívocos
eleitorais, vai permanecer aqui conosco. Mas eu digo que o maior terror que
pode existir é o terror subcolonial de pessoas que valorizam tipos como esse
cidadão americano que vem aqui ao Brasil, diz um monte de bobagens, Ver. Alceu
Brasinha, e a imprensa deu destaque para esse cidadão. Tinha que ser ignorado,
até em defesa - não da mulher brasileira - em defesa da cidadania nacional. Não
se pode conviver com um indivíduo ridículo como esse, Ver. Idenir Cecchim. V.
Exa., com muita propriedade, disse, falou de sacanagem, coisa de imbecil, de
gente que cultiva, a qualquer custo, a divulgação do seu nome, a sua criação em
favor do mito, grande mito, símbolo sexual; isso é um imbecil, um idiota. Nesse
ponto, eu quero dizer que para esse indivíduo e, pelo seu comportamento, Ver.ª
Lourdes, nós perdemos tempo em conversar sobre ele aqui na Casa. Pior do que
sacanagem, Vereadora, é perda de tempo conversar acerca de um imbecil desta
ordem, que pensa que nós ainda estamos aqui no tempo do Pedro Álvaro Cabral,
com os portugueses olhando a desnudez das nossas índias no tempo em que ele
aqui chegou. Está equivocado esse cidadão. Aqui, no Brasil, nós temos gêneros
diferentes, opções sexuais diferentes e todos nós, no fundo, abominamos estes
falsos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. REGINALDO
PUJOL:
...símbolos que pensam que nós somos uma subcolônia, onde eles podem dizer a
besteira que eles querem dizer e terem ouvidos para essa besteira. O pior de
tudo é que tem imprensa livre que - usando da sua liberdade, que eu defendo -
dá espaço para um besta desta ordem!
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento nº 100/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO por unanimidade.
O Sr. Waldir Canal (Requerimento): Sr.
Presidente, requeiro o adiamento da votação do Requerimento nº 093/14 por uma
Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento nº 093/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O Sr. Waldir Canal: Alguns Vereadores estão pedindo aqui que
seja adiado por 3 Sessões.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, agora nós já votamos o Requerimento.
V. Exa. pode fazer um novo.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3361/13 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 373/13, de
autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que institui o Cadastro Municipal de
Pessoas com Anemia Falciforme.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação
do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Mario Fraga: pela
aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 15-10-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 373/13. (Pausa.) O Ver.
Guilherme Socias Villela está com a palavra para discutir o PLL nº 373/13.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; este
projeto é relativamente simples, mas, no meu julgamento, é de importância. Ele
está, de alguma forma, vinculado a uma visita ilustre a este plenário, ainda no
ano passado, por ocasião da 29ª Semana da Consciência Negra. Trata-se da Dra.
Lúcia Mariano da Rocha Silla, Presidente da Associação Gaúcha de Doença
Falciforme, que ministrou palestra neste plenário, como eu disse anteriormente.
Esse projeto diz respeito a cuidados com uma doença hereditária, ou seja, que
vem de pai para filho, caracterizada pela alteração de glóbulos vermelhos no
sangue. É comum em indivíduos de raça negra. No Brasil, segundo declarações da
Dra. Lúcia Mariano da Rocha Silla, 8% dos negros brasileiros têm anemia
falciforme, vale dizer, exigem cuidados. Como consequência, entrei com um
projeto de lei que cria um cadastro municipal de pessoas com anemia falciforme,
que será disponibilizado somente a instituições públicas e privadas que prestem
atendimento a cidadão enfermo, em especial, aos prontos atendimentos.
Como disse V. Exa., Presidente, esse projeto
passou, por unanimidade, em todas as Comissões, e os relatores aprovaram-no. Eu
só queria destacar, para finalizar, de toda a Exposição de Motivos, eu destaco
e leio uma observação do Ver. Mario Manfro em relação ao projeto, quando ele
diz que somente com o conhecimento da localização geográfica das pessoas
portadoras de uma doença como anemia falciforme é que o Poder Público poderá
montar estruturas dimensionadas para o aumento do problema que deveria ser
enfrentado. De pouco adianta uma ação sem o conhecimento real do contingente de
pessoas vitimadas pela doença, o que poderá ser corrigido, em parte, com a
aprovação desse projeto.
Como eu disse anteriormente, Presidente, este
projeto é relativamente simples, mas, no meu julgamento, é de extrema
importância.
A Sra. Jussara
Cony: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero demonstrar aqui,
neste microfone de apartes, em nome da Bancada do PCdoB, o nosso júbilo pela
apresentação deste projeto; dizer que este é um dos projetos decisivos para que
nós possamos abrir aquela cortina na área da Saúde das doenças que existem e
dar-lhes o devido tratamento. Quando o senhor faz referência à Dra. Lucia
Mariano da Rocha Silla, o senhor tem aqui a maior referência não só do Rio
Grande do Sul, mas uma grande referência nacional e internacional no cuidado e
no estudo aprofundado da anemia falciforme. Nós aprovamos, quando Deputada, o
Dia Estadual da Anemia Falciforme. Então eu me sinto muito contemplada.
Acho que, com a sua experiência, o seu processo
de vida, de dedicação à cidade de Porto Alegre, no Executivo e no Legislativo,
neste momento, manifesta-se através de um projeto que vai fazer esse cadastro
municipal. Este cadastro é estratégico para que as políticas públicas se
efetivem, porque nós temos aqui uma grande questão: ainda existe esse olhar
diferenciado às doenças étnico-raciais. Então, o senhor abre a possibilidade de
nós buscarmos as políticas públicas sob o olhar da igualdade, da humanidade e
do respeito. Meus parabéns, Vereador! O senhor terá o nosso apoio e, mais do que
isso, o senhor tem ainda mais a nossa consideração. O senhor está dando uma
valiosa contribuição à saúde pública do Brasil.
A Sra. Fernanda
Melchionna: V.
Exa. permite um aparte?
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Ver.ª Rosa de Luxemburgo, digo, Ver.ª Fernanda Melchionna
lhe concedo um aparte.
A Sra. Fernanda
Melchionna: Muito
obrigada, me sinto muito elogiada, Ver. Guilherme Socias Villela com a confusão
com uma revolucionária como a Rosa Luxemburgo. Agradeço de coração e quero lhe
parabenizar pelo projeto. Eu estava com o senhor acompanhando essa palestra da
Dra. Lúcia, não acho que seja modesto, acho um importante projeto que contribui
para romper a invisibilidade de uma doença como a anemia falciforme, que
necessita de mais estudos e, sobretudo, de uma maior atenção da saúde pública,
no sentido de que as pessoas portadoras e os estudos feitos possam garantir a
saúde da população. Então, quero parabenizá-lo. Foi uma grande iniciativa, terá
o nosso voto e nosso apoio na luta para que o seu cadastro seja implementado na
cidade de Porto Alegre. Parabéns, Vereador!
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigada, Ver.ª Fernanda. Esclareço que a minha
confusão de nomes é uma homenagem a Vossa Excelência.
O Sr. Idenir
Cecchim: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu não pareço com esses
vultos, Ver. Villela, mas, humildemente, quero cumprimentá-lo pelo projeto e,
principalmente, quero pedir aos pares que se faça uma votação por unanimidade,
tal a importância e a seriedade que V. Exa. está tratando desse assunto.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver. Idenir Cecchim.
O Sr. Reginaldo
Pujol: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Villela,
evidentemente, que eu secundo todos os demais pronunciamentos, com muita razão,
pela relevância do projeto, pela sensibilidade de V. Exa. de, com muita
propriedade, levantar essa situação que é, realmente, uma das nossas mais duras
realidades do nosso cotidiano. Meus cumprimentos pelo projeto. E tenho a
absoluta certeza de que a Casa vai atender ao apelo da Ver.ª Jussara Cony, da
Rosa de Luxemburgo, do Idenir Cecchim, de todos nós, para que nós todos juntos
aplaudamos e, por unanimidade, aprovemos esse seu projeto, que é muito bom.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver. Pujol.
O Sr. Delegado
Cleiton: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Guilherme Socias, eu
venho aqui parabenizá-lo, não poderia deixar de fazê-lo, porque muito se
discute e agora se deu um passo importantíssimo com o seu projeto. Então, quero
agradecer, em nome da comunidade negra, que é muito afetada – não só ela, mas a
sua maioria – com essa doença. E, agora, nós conseguimos colocar no papel e
executar, parar as discussões e executar através desse seu projeto, importantíssimo.
Então, agradeço-o pela sua sensibilidade e agradeço por este projeto.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver. Delegado Cleiton.
A Sra. Sofia
Cavedon: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Villela, como nós estamos aqui poupando tempo para
votação, mas não porque é menos importante este Projeto. Quero registrar, aqui,
que esta é uma das temáticas que estava invisibilizada, e o Movimento Negro tem
lutado muito para que as suas causas, seus temas, suas especificidades tenham
lugar na universidade, tenham lugar na saúde, tenham lugar em todas as áreas.
A anemia falciforme demorou muito para ser
pesquisada, identificada, e precisa, com certeza, de um tratamento global e de
um apoio, como é a proposta de Vossa Excelência.
Nós defendemos muito as cotas raciais na
universidade, nos concursos públicos, e que essas temáticas sejam levadas para
a pesquisa, para o debate, para dar visibilidade e para se construir
diagnósticos e encaminhamentos.
Quero parabenizá-lo, sendo branco como eu, por
ter acolhido essa demanda e ter percebido o quanto a sociedade ainda deve para
a temática do povo negro e para as necessidades do povo negro. Parabéns!
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon.
O Sr. Engº
Comassetto:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Prezado Villela, venho, em
nome da minha Bancada, já declinar o nosso voto favorável ao seu Projeto e
dizer o que já disse na semana passada desta tribuna, que, na verdade, o dia 20
de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, deve ser todos os dias. E o
projeto de V. Exa. está sendo votado uma semana após a Semana da Consciência
Negra, portanto, ele é um desses dias.
Portanto, os nossos cumprimentos, e será uma
grande contribuição do Município de Porto Alegre à luta contra essa doença que
atinge a raça negra em todo o Brasil.
Talvez, Porto Alegre, seja pioneira. Os nossos
cumprimentos.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver. Engº Comassetto.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Prefeito Villela, sou da época em que o senhor era Prefeito desta
Cidade. Sempre que falo no seu nome, lembro daquele período, foram 8 anos de
muito trabalho. Nossos cumprimentos.
Sobre esse Projeto, vários colegas já se
pronunciaram a respeito, então, cumprimento V. Exa. pela sensibilidade em
captar um assunto tão importante. Pela sua sensibilidade, parabéns!
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Obrigado, Vereador.
O Sr. Paulinho
Motorista:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Falo em nome do PSB – meu
nome e do Ver. Ferronato -, que, com certeza, vamos votar a favor, porque não
esperava outra atitude de V. Exa., com tanta sensibilidade com a nossa
população tão sofrida e, com certeza, o nosso voto vai ser favorável ao projeto
de Vossa Excelência.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Obrigado, Ver. Paulinho Motorista.
O Sr. Cassio
Trogildo: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Villela, em nome da
Bancada do PTB, Ver. Brasinha, Ver. Elizandro, Ver. Paulo Brum e meu, Ver.
Cassio Trogildo, trago aqui a nossa parabenização pelo Projeto apresentado que,
com certeza, vai virar lei em breve e encaminho aqui no sentido de que a nossa
Bancada votará favorável ao seu Projeto.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver. Cassio Trogildo,
O Sr. Mario
Fraga: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Villela, também
gostaria, da minha parte, de dar os parabéns pela brilhante iniciativa e tenho
certeza que surtirá um efeito enorme na nossa Cidade. Meus parabéns, Vereador.
O SR. GUILHERME
SOCIAS VILLELA: Muito obrigado, Ver. Mario Fraga. Presidente era o que eu
tinha a dizer nesse momento. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver. Guilherme Socias Villela, quero lhe dizer
que nós fizemos, praticamente, um Grande Expediente durante a sua fala, porque,
praticamente, todas as Bancadas se manifestaram tal a importância e relevância
do Projeto. E como não temos mais nenhum Partido, nenhum Vereador para discutir
a matéria, coloco em votação.
Em votação o PLL nº 373/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.
O SR. MARIO
FRAGA (Requerimento): Ver. Professor Garcia, Presidente, junto com o
Ver. Comassetto e quase todos os Vereadores, solicito que pudéssemos entrar na
votação, neste momento, do projeto do orçamento da cidade de Porto Alegre, o
PLE nº 036/14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Mario Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria da
Ver.ª Jussara Cony, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nºs 80
e 91 ao PLE nº 036/14;
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria da
Ver.ª Fernanda Melchionna, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas
nºs 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 10, 16 e 114; e Subemenda nº 01 às Emendas nºs
03, 04, 05, 06 e 10 ao PLE nº 036/14;
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do
Ver. Dr. Thiago, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nºs 103,
104, 105 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 105 ao PLE nº 036/14.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria da
Ver.ª Sofia Cavedon, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nºs
09, 10, 52 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 10 ao PLE nº 036/14.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do
Ver. Clàudio Janta, solicitando que seja votada em destaque a Emenda nº 08 ao
PLE nº 036/14.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do Ver. Engº Comassetto, solicitando que seja votada em destaque a Emenda nº 048 ao PLE nº 036/14.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria da
Ver.ª Lourdes Sprenger, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas
nºs 20, 21, 39, 40 e 41 ao PLE nº 036/14.
Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do
Ver. Delegado Cleiton, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nºs
30, 32, 33 e 64 ao PLE nº 036/14.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2397/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/14, que estima a receita e fixa a despesa do Município
de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2015.
Com Emendas nos
01 a 125. Com Subemenda nº 01 às Emendas nos 03 a 06, 10, 12, 22, 34,
36, 44, 53, 69, 73, 86, 95 e 104.
Parecer:
- da CEFOR. Relator
Ver. Airto Ferronato:
1) Pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 03, com a Subemenda nº 01, de Relator; 04,
com a Subemenda nº 01, de Relator; 05, com a Subemenda nº 01, de Relator; 06,
com a Subemenda nº 01, de Relator; 10, com a Subemenda nº 01, de Relator; 11;
12, com a Subemenda nº 01, de Relator; 13; 14; 17; 18; 19; 22, com a Subemenda
nº 01, de Relator; 24; 25; 26; 27; 28; 29; 31; 34, com a Subemenda nº 01, de
Relator; 35; 36, com a Subemenda nº 01; 37; 38; 42; 43; 44, com a Subemenda nº
01, de Relator; 45; 46; 49; 50; 51; 53, com a Subemenda nº 01, de Relator; 55;
57; 58; 59; 60; 61; 63; 66; 67; 68; 69, com a Subemenda nº 01, de Relator; 70;
71; 73, com a Subemenda nº 01, de Relator; 75; 76; 77; 81; 82; 86, com a
Subemenda nº 01, de Relator; 89; 92; 95, com a Subemenda nº 01, de Relator; 97;
98; 100; 104, com a Subemenda nº 01, de Relator; 106, 108; 109; 110; 111; 112;
113; 114; 115; 116; 117; 118; 119; 120; 121; 122; 123; 124 e 125, de Relator.
2) Pela rejeição das Emendas nos 01; 02; 07; 08; 09; 15; 16; 20; 21; 23; 30; 32; 33; 39; 40;
41; 47; 48; 52; 54; 56; 62; 64; 65; 72; 74; 78; 79; 80; 83; 84; 85; 87; 88; 90;
91; 93; 94; 96; 99; 101; 102; 103; 105 e 107.
Observações:
-
para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos
Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;
-
o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do
art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda
com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito
por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
-
após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não serão
admitidas Emendas (art. 120, § 1º, do Regimento);
-
incluído na Ordem do Dia em 24-11-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 036/14. (Pausa.) O Ver.
Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLE nº 036/14.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, só para que se inicie a
discussão, Ver. Mario Fraga, eu preciso fazer uma revelação: o presidente da
CEFOR não tem nenhuma emenda, e o Relator, Ver. Airto Ferronato, fez um
trabalho fantástico. Eu o acompanhei num final de semana trabalhando, ele não
assistiu ao jogo de futebol naquele fim de semana para poder fazer o relatório,
com as 125 emendas apresentadas. Então, eu queria fazer essa justiça ao
Relator, Ver. Airto Ferronato, que faz parte da CEFOR e que foi incansável para
entregar o relatório do Orçamento do Município de Porto Alegre em tempo hábil,
para que pudéssemos estar aqui hoje iniciando essa discussão. Era o que eu
tinha a dizer, para não me alongar. Agradeço, Ver. Ferronato, pelo seu grande
trabalho.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo o Memorando nº 044/14, de autoria do Ver.
Paulo Brum, que solicita representar esta Casa na 2ª Vara do Juizado da
Infância e da Juventude da Comarca de Porto Alegre, na cidade de Porto Alegre,
no dia de hoje, às 14h.
O Sr. Mario Fraga
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicito abertura do painel eletrônico
para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mario Fraga. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Catorze
Vereadores presentes. Não há quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 18h03min): Encerrada a Ordem
do Dia.
O Sr. Valter Nagelstein: Sr. Presidente, eu fui até o gabinete e
ouvi a manifestação do Ver. Cecchim. Eu quero me somar a essa manifestação,
cumprimentando o Ver. Cecchim e o Ver. Ferronato. Só quero fazer uma
observação, que serve para a Casa, para o Líder do Governo, meu querido amigo
Mario Fraga.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver. Valter, só quero fazer uma
comunicação que veio hoje do Prefeito: o Ver. Mario agora é o Vice-Líder; o
Líder foi reintegrado, é o Ver. Airto Ferronato; todos são Líderes, juntamente
com o Ver. Pujol.
O Sr. Valter Nagelstein: Quero
cumprimentar o Ver. Ferronato pelo trabalho. Eu era o Presidente da CEFOR no
ano passado, e o Ver. Ferronato ajudou da mesma forma, fazendo esse trabalho
fantástico. Só quero lamentar, Sr. Presidente, em nome do Legislativo, que a
maior parte das nossas emendas não são executadas! Eu, por exemplo, fiz uma
emenda para 4 mil lixeiras para a cidade de Porto Alegre, fiz emenda para
bebedouros em praças, fiz emenda para academias de praças, e nenhuma dessas
emendas foram executadas, Sr. Presidente! Então eu fico lamentando pelos
Vereadores que fazem emendas - o que é trabalhoso -, e, depois, não conseguimos
vê-las transformadas em realidade aqui na cidade de Porto Alegre. E a população
nos cobra isso! Muito
obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Feito o registro, Vereador. E cada Vereador pode
conversar com o Prefeito e com as Secretarias para ver por que não foram
cumpridas.
O Sr. Delegado Cleiton: Sr. Presidente, não pude registrar a
minha presença. Estou presente, Sr. Presidente.
A Sra. Lourdes Sprenger:
Quero
registrar que, igualmente, cumprimento o colega Ferronato - o conheço de longos
anos na área finanças - e o Cecchim, por terem desempenhado todo esse trabalho.
Mas quero relatar que as emendas, que são para controlarmos a população animal
e o problema de saúde pública, foram todas rejeitadas, com exceção de uma que
teve um pequeno valor, que não vai solucionar muito, apenas gastar recurso
público.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Feito o registro. As emendas da Ver.ª Lourdes
foram rejeitas aqui, antes da votação. O Ver. Valter faz a constatação de que
as emendas que ele referiu foram votadas e aprovadas no ano passado, mas não
foram executadas.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO
PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com
aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 2549/14 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 030/14, de autoria do Ver. Professor Garcia, que altera o inc. XVI
do caput do art. 25 da Lei
Complementar nº 12, de 7 de janeiro de 1975 – que institui posturas para o
Município de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores,
incluindo em rol de infrações o estacionamento dos veículos de transporte
coletivo por ônibus fora dos pontos determinados para embarque ou desembarque
de passageiros ou afastado do meio-fio, dificultando ou impedindo a
acessibilidade de pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.
PROC. Nº 2616/14 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 008/14, que inclui as als. g,
h e i no inc. II do art. 2º;
altera a redação da al. b do inc. II
do art. 3º, do § 1º e do caput do
art. 45, do caput e dos §§ 1º, 5º e
6º do art. 47, do art. 48-A, do art. 51, do § 8º do art. 47 e dos arts. 48-B,
52-B, 52-C, 52-D, 52-E, 52-F, 52-G, 52-H, 52-I, 52-J, 52-L, 52-M, 52-N, 52-O,
52-P, 52-Q e 52-R; inclui item 6 na al. a
do inc. II e al. f no inc. III do
art. 56; inclui e denomina tabelas anexas e revoga a al. c do inc. I e as als. b e
f do inc. II do art. 2º e o § 2º do
art. 47, na Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações
posteriores, dispondo sobre as taxas de Fiscalização de Localização e
Funcionamento, de Serviços Ambientais Diversos, de Controle e Fiscalização
Ambiental e de Licenciamento Ambiental.
PROC. Nº 2665/14 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/14, que dispõe sobre alterações na estrutura da Secretaria
Municipal da Fazenda; cria o Tesouro Municipal, a Superintendência da
Tecnologia da Informação e a Receita Municipal e define a estrutura básica e as
funções institucionais destes; altera a estrutura da Controladoria-Geral do
Município; dispõe sobre a carreira e a remuneração do Auditor-Fiscal da Receita
Municipal; cria e extingue cargos em comissão e funções gratificadas no Quadro
dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, constante da letra “c” do Anexo
I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988; altera o art. 4º, o art. 39 e o
art. 50, exclui a classe de Agente Fiscal da Receita Municipal do grupo ES –
Grupo Executivo e Assessoramento Superior – e inclui a Classe Auditor-Fiscal da
Receita Municipal do grupo AT – Grupo Auditoria Tributária –, ambos no Quadro
de Cargos de Provimento Efetivo da Administração Centralizada, do Anexo I,
altera a denominação dos cargos de Técnico em Contabilidade e Contador para
Técnico de Controle Interno e Auditor de Controle Interno, respectivamente,
todos da Lei nº 6.309, de 1988; altera o § 4º do art. 4º, o inc. XI do art. 5º,
o art. 6º, o caput do art. 7º, o art.
9º, o caput do art. 10, o caput do art. 11, o art. 14, o inc. I do
parágrafo único do art. 17, o caput do
art. 18, o caput do art. 19, inclui §
4º no art. 20 da Lei Complementar nº 534, de 28 de dezembro de 2005; revoga os
incs. IV e V do art. 5º, o art. 12, o art. 13 e os incs. I e II do art. 19,
todos da Lei Complementar nº 625, de 3 de julho de 2009; revoga o inc. XXXVIII
do art. 1º da Lei nº 11.404, de 27 de dezembro de 2012; e dá outras
providências.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 1865/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 176/14,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que obriga os responsáveis pela promoção
ou pela realização de eventos de grande porte em locais públicos, concedidos ou
não à iniciativa privada, a compensar a emissão de gases geradores de efeito
estufa provenientes desses eventos por meio da comprovação do plantio de
espécies nativas de árvores.
PROC. Nº 2265/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 213/14,
de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna, que cria e declara
como Área Especial de Interesse Social IV Subunidades nas Unidades de
Estruturação Urbana (UEUs) 48 da Macrozona (MZ) 02; 06, 10, 16, 20, 22 e 86 da
MZ 03; 04 da MZ 04; 30 da MZ 05; e 20 da MZ 08, altera limites de Subunidades
que lhe são adjacentes e dá outras providências.
PROC. Nº 2532/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 235/14,
de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que denomina Avenida Principal da Ponta
Grossa o trecho do logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Retiro
da Ponta Grossa compreendido entre a rótula da Avenida Juca Batista e a rótula
da Estrada da Ponta Grossa e localizado no Bairro Ponta Grossa.
PROC. Nº 2556/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 236/14,
de autoria do Ver. Roni Casa da Sopa, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao padre Claudionir Ceron.
PROC. Nº 2615/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 037/14,
que altera a ementa, inclui art. 10-A, dá nova redação ao art. 19 e revoga os
arts. 14, 15, 16, 17 e 18 e os anexos I e II na Lei nº 8.267, de 29 de dezembro
de 1998, que dispõe sobre o licenciamento ambiental no Município de Porto
Alegre, cria a Taxa de Licenciamento Ambiental e dá outras providências,
incluindo exigências ao licenciamento ambiental e de inscrição no Cadastro
Técnico Estadual de Atividades potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de
Recursos Ambientais e excluindo os dispositivos que criam a taxa de
licenciamento ambiental.
PROC. Nº 2617/14 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 009/14, que institui os preços públicos para os serviços que
menciona e revoga a Lei Complementar nº 203, de 28 de dezembro de 1989.
PROC. Nº 2688/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 246/14,
de autoria do Ver. Kevin Krieger, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre, in memorian, ao senhor Hiram
Machado Ribeiro.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nós estamos na derradeira
Sessão da Câmara de Vereadores do mês de novembro do corrente ano. Quando
voltarmos a debater e votar os projetos de lei da Casa, já será no mês de
dezembro. Isso não impede, Vereador-Presidente, que nós tenhamos, na Pauta,
inúmeros processos, alguns dos quais iniciam hoje a sua discussão preliminar,
entre os quais, um de Vossa autoria, incluindo em rol
de infrações o estacionamento dos veículos de transporte coletivo por ônibus
fora dos pontos determinados para embarque ou desembarque de passageiros ou
afastado do meio-fio, dificultando ou impedindo a acessibilidade de pessoa com
deficiência ou mobilidade reduzida. Um projeto relevante, como se
observa na leitura da sua emenda.
De outra banda, temos vários Projetos de Lei
Complementar do Executivo, especialmente dois deles que estão na 1ª Sessão e
que têm uma ementa imensa. O primeiro deles é o PLCE nº 008/14 de alterações da
Lei Complementar nº 07 de dezembro de 1973, que dispõe sobre as taxas de
fiscalização de localização e funcionamento de serviços ambientais diversos de
controle e fiscalização ambiental e de licenciamento ambiental.
Da mesma forma, temos o PLCE nº 010/14, que dispõe sobre alterações na estrutura da Secretaria
Municipal da Fazenda; cria o Tesouro Municipal, a Superintendência da
Tecnologia da Informação e a Receita Municipal e define a estrutura básica e as
funções institucionais destes; altera a estrutura da Controladoria-Geral do
Município; dispõe sobre a carreira e a remuneração do Auditor-Fiscal da Receita
Municipal; cria e extingue cargos em comissão e funções gratificadas no Quadro
dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, constante da letra “c” do Anexo
I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988. Por aí prossegue, a ementa é
imensa, dando a clara, nítida e a mais absoluta segurança de que não há outra
interpretação não seja a de que se trata de um projeto de alta complexidade, que
segundo eu sei, há algum tempo já vem sendo discutido na Fazenda Municipal, e,
agora, vem para esta Casa para ser discutido, e, se for o caso, aprovado ainda
no corrente ano.
Isso tudo não esgota as matérias que
estão na Pauta. O PLE nº 037/14, que altera a ementa,
inclui art. 10-A, dá nova redação ao art. 19 e revoga os arts. 14, 15, 16, 17 e
18 e os anexos I e II na Lei nº 8.267, de 29 de dezembro de 1998, que dispõe
sobre o licenciamento ambiental no Município de Porto Alegre, cria a Taxa de
Licenciamento Ambiental e dá outras providências, incluindo exigências ao
licenciamento ambiental e de inscrição no Cadastro Técnico Estadual de
Atividades potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais e
excluindo os dispositivos que criam a taxa de licenciamento ambiental.
Sr. Presidente, concluo dizendo que
estes projetos, por si só, representam uma carga muito forte de trabalho que
teremos que enfrentar durante as três semanas que disporemos durante o mês de
dezembro do corrente ano. Três semanas porque na segunda-feira já será dia 03,
e a partir daí nós teremos vários dias para liquidar.
Eu já conversei com o Líder do Governo, Ver. Airto Ferronato, e com o grande Vice-Líder, Ver. Mario Fraga, e nós vamos conversar com o Governo para ver quais as matérias que são absolutamente necessárias que examinemos ainda este ano, na certeza de que é impossível, ante a quantidade de matéria que aqui se encontra – falou-me o representante do Prefeito que são cerca de 50 -, que nós possamos enfrentá-la ainda este ano, até porque reconhecemos que há várias propostas de Vereadores que também gostariam de ver incluídas no rol de matérias a serem votadas este ano. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para
discutir a Pauta.
O
SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Senhoras
Vereadoras e Srs. Vereadores, público das galerias, público que nos assiste
pela TVCâmara, só para começarmos uma discussão de pauta aqui e chamarmos a
atenção dos Vereadores e Vereadoras para os projetos que temos aqui, da Secretaria
Municipal da Fazenda, que irá implementar, no Município de Porto Alegre, num
primeiro momento, Ver. Brasinha, R$ 100 milhões. O Secretário Jorge Tonetto esteve
aqui na Casa, fez uma explanação para alguns Vereadores, e eu gostaria de
chamar atenção desses outros Vereadores que não puderam participar da nossa
reunião, para que prestem atenção a esses dois projetos da Secretaria Municipal
da Fazenda.
Além disso, faço mais vez um elogio ao Ver. Roni
da Casa da Sopa, que esteve conosco alguns dias, que tem um brilhante trabalho
lá na Restinga, e faz, Ver. Professor Garcia, uma justa homenagem ao Padre
Ceron. Eu, que fui colega do Padre Ceron, lá na Restinga...
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O SR. MARIO
FRAGA: É
colorado, Brasinha. Infelizmente, é colorado, mas o trabalho dele, felizmente,
tapa essa lacuna na vida dele. Ele tem um trabalho excelente na comunidade do
Extremo-Sul, em especial na Restinga, e trabalhou por muito tempo ao nosso
lado, ao lado do Deputado Federal Vieira da Cunha, fazendo um trabalho
comunitário, de ajuda ao gabinete do Deputado Vieira da Cunha. Então presto uma
homenagem aqui ao Ver. Roni da Casa da Sopa, que traz a esta Casa a justa
homenagem ao Padre Ceron. Muito obrigado, um abraço a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h14min.)
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